sábado, 6 de agosto de 2011

BOICOTE AO PARÁ


O BLOG DO JOÃO, esteve no show do Jota Quest na AP. Sentimos que algo cheirava mal quando após ser anunciado o show da Gang do Eletro, no encerramento do evento, as luzes se acenderam e a banda não se apresentou. Descobrirmos a verdade através do musicaoriginalbrasileira.blogspot.com, no qual reproduzo na íntegra postagem do blog.

Desde já disponibilizamos este espaço para que a BIS possa se justificar perante a opinião pública.


Leiam e tirem suas conclusões.

BIS ENTRETENIMENTO BOICOTA PARTICIPAÇÃO DA GANG DO ELETRO EM SHOW DO JOTA QUEST EM BELÉM DO PARÁ.

Era pra ser uma grande noite. Pela primeira vez na história, uma banda de projeção nacional dividiria espaço com uma banda que surgiu do caldeirão criativo do tecnomelody: a Gang do Eletro iria encerrar o show dos mineiros do Jota Quest em seu show em Belém. O evento foi organizado pela empresa paraense Bis Entretenimentos, que se auto intitula a "Maior produtora de eventos no norte do país". Mas não só, foi a Bis Entretenimentos que capitaneou a gravação do DVD Movimento Tecnomelody para a Som Livre e se diz a maior divulgadora e incentivadora dos artistas do Pará.
Pois bem. Não foi uma grande noite, muito pelo contrário, foi uma noite vergonhosa para todos que se consideram admiradores da cultura paraense. A Bis Entretenimento boicotou a Gang do Eletro, impossibilitando a apresentação. A empresa ainda não se manifestou publicamente a respeito, o que não significa nada, pois uma atitude dessa pode até ser explicada, mas nunca justificada. O cantor Rogério Flausino divulgou amplamente em seu Twitter que a Gang do Eletro participaria do show como convidada pessoal, até anunciou a banda quando acabou sua apresentação... No entando as luzes foram apagadas, o som desligado e Waldo Squash, Madeiro e a turma toda ficou no palco com cara de tacho. Segundo Waldo "foi a pior humilhação da minha vida".

O que leva uma empresa a tomar uma atitude indefensável dessas? A história é longa e se no final soar como novela mexicana, a culpa não será minha, coloquem na fatura dos protagonistas.
Tudo começou em abril de 2009, quando os baianos da banda Djavú plagiaram metade do CD da banda Ravely. Essa história eu contei nos mínimos detalhes no Watergate do Tecnobrega, taí o link. O fato serviu de alerta para que a Bis enxergasse aí uma ótima oportunidade de capitalização e imediatamente tratou de organizar a gravação de um DVD com os artistas de tecnomelody. A Som Livre comprou o peixe e o projeto prosseguiu.

Ocorre que a Bis tem um talento enorme para organização de eventos, seu departamento comercial é super competente, mas eles não possuem um departamento artístico, o que levou a cometerem uma série de patuscadas. Economizaram onde não deveriam e gastaram horrores onde não poderiam. O resultado foi um cenário medíocre, figurinos sofríveis e um retumbante fracasso. O DVD Movimento Tecnomelody hoje em dia não serve nem como peça de museu, pois nem o espírito da época conseguiu capturar.

Mas a Bis não conseguiu enxergar isso, e passou a gastar mais e mais dinheiro na divulgação do DVD, cobrando das bandas participantes empenho irrestrito. Mas empenho para divulgar o DVD, não as bandas. O contrato não previa uma mão dupla, era tudo para o DVD e pra Bis e nada para as bandas. Daí que aos poucos os próprios artistas foram se afastando do projeto. A Bis não soube ser diplomática e foi cortando relações com um por um deles.

Em agosto do ano passado passei a assinar uma coluna semanal no jornal O Liberal. No começo foi tudo muito, tudo muito bem, mas com o passar do tempo começei a sofrer pressão. A primeira vez foi quando questionei a relevancia da lei que tombava o tecnomelody como patrimonio cultural. O deputado Bordalo era amigo da Bis, ele leu, não gostou e pediu minha cabeça. Me safei por pouco.

Logo depois publiquei uma coluna sobre a Gang do Eletro e sugeri para a Bis que investisse tudo que tivesse nos meninos, porque eles tinham tudo para estourar. Ouvi a seguinte resposta: "convidamos eles para tocarem em um evento beneficiente e eles não foram, logo, não vamos ajudar quem não se ajuda". Na época liguei pro Waldo e ele me garantiu que o convite tinha sido feito em cima da hora e como não seriam remunerados, era impossível se organizarem a tempo.

Foi nessa época também que Gaby Amarantos passou a se aproximar da Gang do Eletro e se afastar da Bis. Eu continuava no Liberal e continuava a escrever o que acgava que deveria ser escrito, mandei outra coluna sobre a Gang, desta vez anunciando o reforço de Keila e William. O pessoal da Bis não gostou muito, embora não tenham externado isso. Mas foi só eu escrever um texto sobre o disco novo da Gaby (falando bem, eu escutei a prévia e gostei muito) para que eles surtassem. Recebi uma ligação de uma interlocutota aos berros me dizendo impropérios, desligando na minha cara e me defenestrando do Liberal.

Seis meses depois, fui escalado pelo concorrente deles (nada mais natural, na sequencia dos fatos, que eu aceitasse a proposta) para cobrir o Terruá. Assim foi feito e minha matéria saiu em duas páginas no Diário do Pará. Uma delas inclusive era deidicada a banda e anunciava "A Revolução da Gang do Eletro". Foi chegar o jornal nas bancas que recebi um e-mail altamente ofensivo por parte de um(a) funcionário(a) da Bis. Dali pra frente, devido a algo que os psicólogos chamam de projeção, a Gang do Eletro passou a ser a personificação de todas as frustrações da Bis Entretenimentos.

Quando o Jota Quest anunciou o convite da Gang do Eletro para abrirem seu show em Belém, imediatamente tentaram embargar, mas como o convite tinha sido emitido pelo próprio cantor Rogério Flausino, não puderam negar a priori. Mas não desistiram. Durante o dia do show, tentantam difucultar ao máximo as coisas, negando transporte, camarim. Pra vocês terem um idéia, ao chegarem no local do show, nem o nome dos membros da Gang constava na portaria, foi necessário que o produtor do cantor Otto fizesse várias ligações para eles poderem entrar.

O plano de boicote da Bis foi sórdido. Ao invés de fazer o show de abertura, escalaram a Gang para encerrar o show do Jota Quest, algo no mínimo inusitado, uma banda pequena encerrar o show de uma banda grande. Na sequencia não deixaram a Gang fazer a passagem de som e ao acabar a apresentação do Jota Quest e mesmo com Rogério Flausino anunciando a próxima atração, as luzes foram apagadas, o som desligado e a festa encerrada.

Algumas pessoas que tinham ido lá só pra assistir a Gang do Eletro ainda perrguntavam pelo show, mas nada pode ser feito. Se a Bis Entretenimentos virá a público dar a sua versão dos fatos, não sei, mas o que sei é que o que contei aqui nesse texto é apenas a ponta de um iceberg de incompetência, egos inflados, mentalidades provincianas e prepotência por parte de funcionário da Bis, que afundou o Movimento Tecnomelody e por pura pirraça, quer fazer o mesmo com a banda mais empolgante que surgiu em Belém nos ultimos anos, a Gang do Eletro.

Fonte: musicaoriginalbrasileira.blogspot.com

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