sábado, 6 de agosto de 2011

AMAZÔNIA DEVASTADA


Comprovadamente o Brasil não tem condições de preservar a floresta amazônica. Os órgãos que deveriam proteger e regulamentar a utilização da floresta, são historicamente contaminados pela corrupção. Recentemente a polícia federal desmembrou, através da operação “curupira” uma quadrilha que vinha atuando há 14 anos no Ibama. Foram 130 mandatos de prisão e 1 bilhão de reais em fraudes nas ATPFs (autorização para transporte de produto florestal).
O que nos resta, diante da lama que invade os gabinetes dos órgãos ambientais e com o aumento da devastação da floresta é pensar na internacionalização da Amazônia.

Há comerciais institucionais transmitidos pela televisão do primeiro mundo, inclusive a CNN, onde a repórter Marina Mirabella mostra as maravilhas da fauna e da flora amazônicas para, em seguida, apresentar cenas de devastação, sujeira e imundície, e concluir: "São os brasileiros que estão fazendo isso! Até quando? A Amazônia pertence à humanidade e o Brasil não tem competência para preservá-la!"

Resta os brasileiros engolirem seu orgulho de lado, e admitir que nunca nada foi feito para preservar a floresta. Vimos o ex presidente Lula, deixar uma ministra defensora da Amazônia ser violentada por lobbies corporativistas até não agüentar mais e pedir pra sair. E ficou por isso mesmo. Mais um motivo para crer que não existe no Brasil políticos sérios e políticas de preservação ambiental eficientes.

Veja abaixo, matéria de Luana Lourenço da Agência Brasil

Depois de um recuo em maio, o desmatamento da Amazônia voltou a subir em junho, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em um mês, a floresta perdeu 312,6 quilômetros quadrados (km²), desmate 17% maior que o registrado em maio. Em relação a junho de 2010, quando o desmatamento foi de 243,7 km², houve aumento de 28% no ritmo da derrubada.

O Pará liderou o desmate na região em junho, com 119,6 km² de novas áreas derrubadas, seguido por Mato Grosso, com 81,5 km², e por Rondônia, com 64 km². No Amazonas, as derrubadas atingiram 41,6 km² de florestas, no Maranhão, cerca de 5 km² e no Tocantins, 0,5 km². A cobertura de nuvens impediu a visualização de 21% da Amazônia Legal, segundo o Inpe.

Os números são calculados pelo Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), que monitora áreas maiores do que 25 hectares e serve para orientar a fiscalização ambiental. Além do corte raso (desmatamento total), o sistema também registra a degradação progressiva da floresta.

Faltando um mês para o fechamento do calendário oficial do desmatamento (que vai de agosto de um ano a julho do outro), os dados do Deter mostram tendência de aumento da taxa anual de desmate. Entre agosto de 2010 e junho de 2011, a derrubada acumulada foi de 2.429,5 km², frente a 1.810,8 km² registrados no período anterior (agosto de 2009 a junho de 2010), com aumento de 34%.

Apesar da tendência, a taxa anual é calculada por outro sistema do Inpe, o Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes), e só deve ser divulgada em novembro.

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