segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

AUMENTO DA POPULAÇÃO CAUSARÁ FALTA COMIDA E COMBUSTÍVEL, DIZ ONU.



O mundo está ficando sem tempo para garantir que haja alimentos, água e energia para atender a demanda de uma população em rápido crescimento e evitar que 3 bilhões de pessoas sejam levadas à pobreza, advertiu um relatório da ONU (Organização das Nações Unidas).

Enquanto a população mundial parece preparada para crescer dos 7 bilhões de hoje para quase 9 bilhões até 2040 e o número de consumidores de classe média aumentar em 3 bilhões nos próximos 20 anos, a demanda por recursos crescerá exponencialmente.

Mesmo para 2030, o mundo precisará de ao menos 50% a mais de alimentos, 45% a mais de energia e 30% a mais de água, de acordo com as estimativas da ONU, em uma época em que o ambiente em modificação cria novos limites ao abastecimento.

Se o mundo fracassar em lidar com esses problemas, o risco é condenar 3 bilhões de pessoas à pobreza, afirmou o relatório.

Os esforços rumo ao desenvolvimento sustentável não são nem fortes nem profundos o suficiente e, além disso, falta vontade política, disse um painel da ONU voltado à sustentabilidade global.

"O atual modelo de desenvolvimento global é insustentável. Para alcançar a sustentabilidade, é necessária uma transformação na economia global", diz o relatório.

"Fazer remendos nas margens não será suficiente. A atual crise econômica global oferece uma oportunidade para reformas significativas."

Embora o número de pessoas vivendo na pobreza absoluta tenha caído dos 46 por cento em 1990 para 27% da população mundial e a economia global tenha crescido 75% desde 1992, as mudanças no estilo de vida e nos hábitos do consumidor colocaram uma pressão crescente sobre os recursos naturais.

Há mais 20 milhões de pessoas desnutridas agora do que no ano 2000; 5,2 milhões de hectares de floresta são perdidos anualmente (uma área do tamanho da Costa Rica); 85% de todos os estoques de pescaria estão super-explorados ou foram esgotados; e as emissões de dióxido de carbono subiram 38% entre 1990 e 2009, o que aumenta o risco de elevação no nível das marés e de mais episódios de clima extremo.

O painel, que fez 56 recomendações para que o desenvolvimento sustentável seja incluído na política econômica o mais rápido possível, disse que é necessária uma "nova política econômica".

"Vamos usar a próxima cúpula do Rio+20 para dar início a essa transição global rumo a um modelo de crescimento sustentável para o século 21 do qual o mundo precisa tanto", disse Connie Hedegaard, a comissária da União Europeia para o clima, em resposta ao relatório, referindo-se a uma cúpula da ONU sobre desenvolvimento sustentável em junho no Brasil.

Ação
Entre as recomendações, o painel pede que os governos concordem com uma série de metas de desenvolvimento sustentável que complementariam as oito Metas de Desenvolvimento do Milênio até 2015 e criariam uma estrutura para ação depois de 2015.

Eles devem trabalhar com organizações internacionais para criar uma "revolução perene", que ao menos duplique a produtividade ao mesmo tempo em que reduz o uso de recursos e evite mais perdas à biodiversidade, afirmou o relatório.

Os ecossistemas aquíferos e marinhos deverão ser administrados de maneira mais eficiente e deve haver acesso universal à energia sustentável até 2030.

Para tornar a economia mais sustentável, a precificação do carbono e dos recursos naturais deve ser estabelecida por meio de taxação, regulação ou esquemas de comercialização das emissões até 2020 e os subsídios ao combustível fóssil também devem acabar aos poucos até lá.

Os sistemas fiscais e de crédito dos países devem ser reformados para fornecer incentivos no longo prazo às práticas sustentáveis, assim como desincentivar as insustentáveis.

Os fundos de pensão públicos e de riqueza soberana, assim como os bancos de desenvolvimento e as agências de crédito para a exportação, devem adotar critérios de desenvolvimento sustentável a suas decisões de investimento, e as agências de controle do governo ou dos mercados de ações devem revisar as regulações para estimular o seu uso.

Os governos e cientistas também devem fortalecer a relação entre a política e a ciência ao examinar com regularidade a ciência por trás dos limites ambientais e a ONU deve considerar a possibilidade de nomear um conselheiro científico chefe ou um conselho para assessorar a organização, disse o relatório.

O documento está disponível no endereço http://www.un.org/gsp/.

Fonte: Nina Chestney - Agência Reuters
Em Londres

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

CERIMONIAL DEFINE O SUCESSO OU O FRACASSO DE UMA FORMATURA


Com o crescimento do mercado de eventos de formatura, é normal que muitas empresas apareçam vendendo diversos serviços, porém o mais importante e o que os formandos devem ter mais cuidado é com a empresa de cerimonial.

O cerimonial é responsável por todo andamento do evento, além de auxiliar o cliente na escolha do local, do buffet e das atrações.

Em Belém existem muitas empresas comandadas por pessoas de má índole, que por motivos evidentes, não irei citar nomes. Mas aconselho aos formandos a exigirem contrato de prestação de serviços com todos os fornecedores.


Abaixo um texto de Carlos Alberto de Deus da EMPRESARIAL SHOWS E EVENTOS da cidade de Belo Horizonte.

CERIMONIAL
Muitas vezes, eventos que tinham tudo para terem sido um grande sucesso acabam gerando situações incômodas, com conseqüências graves. Em outras situações, podem simplesmente deixar transparecer certa desorganização, o que, por vezes, gera desconforto e apreensão. Um momento desagradável nunca é esquecido por aqueles que se vêem diante de fatos constrangedores ou incômodos durante a festa.
Alguns detalhes podem parecer pequenos se vistos isoladamente, mas fazem todo o conjunto da obra. É preciso que se atente desde os detalhes da decoração até o cumprimento de normas de segurança ou até mesmo leis, que freqüentemente são ignoradas ou desconhecidas.

Para que sua festa dê à sua turma e a todos seus convidados apenas lembranças agradáveis, aí vão algumas dicas:


1 - House Mix

A house mix é a plataforma de controle de som, que fica localizada no centro do salão. O mapeamento das mesas é feito bem antes do evento acontecer e tanto os formandos quanto os organizadores muitas vezes se “esquecem” desse detalhe. No momento de montar o salão, quando se dão conta da house mix, pode ser necessário mudar todo o mapa das mesas do evento.

2 - Manobrista


É desaconselhável que os formandos contratem os manobristas diretamente, pois quaisquer danos ocorridos nos automóveis dos convidados, a responsabilidade será da comissão de formatura e não dos manobristas. Caso o espaço alugado para o evento já possua manobristas exclusivos, então recomenda-se que conste no contrato que a responsabilidade é exclusiva da empresa que oferece o serviço, de forma a isentar a comissão de formatura de quaisquer responsabilidades.

3 - Marcação da hora


O tempo necessário para que todos os convidados estacionem e adentrem-se ao local do evento é de aproximadamente uma hora. Portanto, é aconselhável que as portarias sejam abertas 1 hora antes do início do evento. É interessante que essa informação conste no bilhete individual de cada convidado.

4 - Montagem


Na hora de contratar o espaço para realização do baile, a comissão deve estar atenta para o tempo disponibilizado antes do evento para que sejam montados os equipamentos de som, palco, decoração, mesas, etc. As equipes de montagem deverão ter pelo menos 12 horas para trabalhar antes do início da festa.

5 - Pagamento de quebras e perdas


Ao planejar a arrecadação de recursos, a comissão não pode se esquecer de que serão cobradas à parte as quebras e perdas durante a festa. Atentando-se para isso, evita-se que os membros da comissão tenham que arcar com os prejuízos após a dissolução da mesma.

6 - Ambulâncias e paramédicos


A presença de ambulâncias e paramédicos são exigidas nos bailes. Ao se fazer a comparação de valores para escolher a empresa de cerimonial ou assessoria a ser contratada, a comissão deve estar atenta à inclusão ou não deste item, que garante atendimento médico aos convidados que por ventura se machucarem ou se sentirem mal durante a festa.

7 - Momento de valsas


Não há um momento exato para a dança das valsas. A empresa de cerimonial deve ficar atenta para escolher a melhor oportunidade e cuidar para que todos os formandos sejam convocados para a pista junto com seus respectivos pares. A banda deve estar sempre preparada para executar as valsas segundo as ordens da empresa organizadora.

8 - Direitos Autorais


Em bailes de formatura que tenham uma banda no palco, é obrigatório o pagamento da taxa ao ECAD (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição de Direitos Autorais), referente aos direitos autorais das músicas tocadas. A taxa pode variar de acordo com características do evento, tais como: localização, número de pessoas, etc. É bom que a comissão esteja atenta às variações desses valores ao se definir salão de festas e número de convidados.

9- Segurança

Os seguranças devem ter a autorização da Polícia Federal para exercer a atividade com qualidade e garantia. Seguranças não autorizados podem, ao invés de auxiliar, causar tumultos ainda maiores por conduzirem as situações de modo errado. Lembre-se: um bom segurança não é aquele que somente aparenta ter força, mas o que sabe utilizá-la em prol do bem estar dos participantes do evento.

Em caso de calouradas ou shows é obrigatória a presença da Polícia Militar, que deve ser paga pelo número de policiais, tamanho do evento e tempo de duração. É necessário também um projeto feito por especialistas, especificando localização de palco, extintores de incêndio, saídas de emergência, etc. Esse projeto deve ser aprovado pelo Corpo de Bombeiros. No caso de interferências no trânsito, também é obrigatória a presença da empresa de trânsito municipal (quando houver). Todos esses procedimentos são indispensáveis para se conseguir alvará para o evento.

10 - Presença de menores

Em eventos como bailes de formatura, é comum a presença de convidados menores de 18 anos. Portanto, é importante providenciar alvará junto ao juizado de menores para que não haja situações desagradáveis, pois qualquer festa pode ser fiscalizada a qualquer momento.

11 - Energia


É necessário que os formandos verifiquem com o produtor a necessidade de geradores de energia, que são bastante úteis principalmente em épocas de chuva, quando são mais freqüentes as interrupções no fornecimento de energia. Esse detalhe pode salvar a festa, pois muitas vezes a rede elétrica do local atende às necessidades de energia em condições normais de funcionamento, mas não estão preparadas para grandes shows.

Passo a passo: o que fazer primeiro?

Dentre as diversas providências que devem ser tomadas para realização de um evento, deve-se atentar para a ordem e uma antecedência mínima em que os fornecedores de serviços devem ser contratados. Verifique os prazos dos principais itens de uma festa:
1º - Banda: a escolha deve ser feita de 8 meses a 2 anos antes do evento, pois é preciso visitar, avaliar, negociar e fazer a contratação. A disponibilidade da banda escolhida na maioria das vezes é o que determinará a data da festa.

2º - Local da festa: após escolhida a banda, deve-se procurar um espaço que atenda às necessidades da turma, levando em consideração a quantidade de convidados, as instalações, tais como cozinha, banheiros, espaço para palco, estacionamento, etc. A escolha do local em alguns casos poderá ser feita antes da contratação da banda. Essa prioridade dependerá da disponibilidade das empresas de banda e espaços para eventos.

3º - Buffet: após definido a banda e o salão, deve-se escolher um buffet. Recomenda-se a degustação dos salgados, doces e pratos quentes para a escolha do cardápio da festa. Uma boa idéia é pedir referências da empresa à turmas já atendidas previamente. É importante que nenhum detalhe sobre o número de convidados seja omitido ou mascarado, pois a falta de comida ou bebida em uma festa é uma grande gafe.

4º - Cerimonial: responsável pela produção e organização das solenidades. Procure referências das empresas antes de contratar. Recomenda-se a contratação de empresas com experiência comprovada na realização de formaturas.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

BBB. O LIXO INVADE OS LARES BRASILEIROS.


O Blog do João, não poderia ficar de fora da discussão do excesso de lixo que o povo é induzido a assistir. A foto acima não foi postada por engano. Ela representa o real significado desses programas na vida do ser humano).

A mídia programa o cérebro das pessoas com programas do tipo do "BBB"o para que as pessoas percam a capacidade de pensar. É uma forma de controle social, pois a partir daí começam a lançar moda, destruir valores e banalizar o sexo e a violência. O resultado disso reflete diretamente no aumento da prostituição, pedofilia e assassinatos. O sistema cria o monstro que depois tenta combater o monstro A morte do pensamento é pior que a morte física.

Abaixo reproduzo texto de Luis Fernando Veríssimo.

Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço. [...] Chega a ser difícil encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.
[...] Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo. Eu gostaria de perguntar se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.
Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis? São esses nossos exemplos de heróis?
Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros, profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores) , carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor e quase sempre são mal remunerados.
Heróis são milhares de brasileiros que sequer tem um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir, e conseguem sobreviver a isso todo santo dia.
Heróis são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna.
Heróis são inúmeras pessoas, entidades sociais e beneficentes, ONGs, voluntários, igrejas e hospitais que se dedicam ao cuidado de carentes, doentes e necessitados (vamos lembrar de nossa eterna heroína Zilda Arns).
Heróis são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada meses atrás pela própria Rede Globo.
O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral. São apenas pessoas que se prestam a comer, beber, tomar sol, fofocar, dormir e agir estupidamente para que, ao final do programa, o “escolhido” receba um milhão e meio de reais. E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!
Veja o que está por de tra$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.
Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social, moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros? (Poderia ser feito mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores). Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores.
Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ir ao cinema..., estudar... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... , telefonar para um amigo... , visitar os avós... , pescar..., brincar com as crianças... , namorar... ou simplesmente dormir. Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construído nossa sociedade.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

A HORA E A VEZ DO PARÁ


O ano de 2012 promete ser um dos mais promissores para a música paraense. Um fenômeno chamado Gaby Amarantos vem conquistando o que há de mais difícil para um artista popular: a crítica e a mídia.

O que é mais interessante é que Gaby, está levando para o resto do Brasil, não só o tecnobrega, e sim toda a pluralidade cultural que é produzida no Pará, em um trabalho bem feito com excelentes arranjos e uma nova leitura de sucessos como Merengue Latino, que conseguiu ficar ainda melhor do que já era.

Por outro lado temos o Terruá Pará, idealizado pelo Governo do Pará, permitiu que diversos artistas, de diversas vertentes musicais, realizassem um grande espetáculo em São Paulo, dando a oportunidade não só aos paraenses de mostrar sua arte, mas presenteando o maior aglutinador de cultura do Brasil com o conhecimento da rica diversidade musical do Pará.

Fica a esperança de que Gaby seja o elo que faltava para que a música paraense seja definitivamente reconhecida e valorizada no Brasil.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

MÍDIA DIGITAL: AQUI, ALI E EM TODO O LUGAR.


COM A POPULARIZAÇÃO DA MÍDIA DIGITAL, AS EMPRESAS LEVAM SUA MARCA INSTANTANEAMENTE E 24 HORAS POR DIA ATÉ O CONSUMIDOR. O DESAFIO É DIFERENCIAR SUA MENSAGEM FRENTE AOS CONCORRENTES.

Por Júlio Gama

NO LIVRO POSITIONING, o maior best-seller da história do marketing, o estrategista norte-americano Jack Trout diz que nos transformamos em “uma sociedade com excesso de comunicação” e sugere que a única saída para uma empresa diferenciar sua marca é
posicionando-a dentro da cabeça do seu consumidor. Isso foi em 1980. Daí surgiu o conceito de posicionamento de marca. Se já era difícil reforçar sua marca há quase 30 anos, quando as opções de mídia eram basicamente TV, rádio, jornal, revista e outdoors, imagine agora com a mídia digital, a internet, as conexões wireless, o YouTube, a popularização dos celulares e os PDA’s. Sim, o mundo está mais complicado.
“Em 1981, a sobre-exposição de mensagens fazia com que o consumidor rejeitasse aquelas que não considerasse interessantes, para aceitar as de interesse direto”, diz o mexicano Fernando Mariscal, vice-presidente sênior da Trout & Partners, braço latino-americano da agência de Jack Trout. “Hoje, o contexto é muito mais complicado, não apenas porque a sobre-exposição é maior, mas porque o perfil do consumidor é muito
mais sofisticado.” Um exemplo dessa complexidade é que antes havia entre quatro e dez canais de TV e hoje são mais de 500. O conselho de Jack Trout ainda é válido. O desafio agora é como fazer sua marca sobressair nesse infinito mundo digital.

Quando bem utilizada, a internet é uma ferramenta eficaz para chegar a esse sofisticado consumidor. A campanha da cerveja brasileira Antarctica é um bom exemplo. Junto à sua campanha publicitária tradicional, a empresa criou em seu website um bar virtual do qual a anfitriã é a atriz brasileira Juliana Paes, a bela morena que já posou nua para a Playboy. De sua base de dados, a Antarctica disparou e-mails para 200 mil usuários
cadastrados no seu site, cujo título era “A nova tatuagem da Juliana Paes”. Os usuários liam o e-mail e o repassavam para os amigos com um vídeo da morena sentada num bar com uma garrafa de cerveja Antarctica à sua frente e que no final mostrava a tatuagem... o nome do amigo que enviou o e-mail escrito no ombro dela.
Em seguida, a atriz olha para a câmera diz pra você não ficar triste porque ela
tem outra tatuagem para lhe mostrar e chama o Paulão, um garçom com corpo de leão-de-chácara e jeito efeminado, que baixa dois dedos da parte de trás da calça e mostra a tatuagem dele, claro, com o seu nome. A essa altura o seu amigo está morrendo de rir da sua cara de bobo, enquanto você repassa o e-mail para outro amigo. Assim, a mensagem da Antarctica vai se espalhando pela nada pequena comunidade masculina
que adora cerveja e Juliana Paes.

MARKETING VIRAL
O anúncio da cerveja brasileira seria impensável há alguns anos, quando o pequeno número de computadores pessoais e a baixa penetração da internet não justificariam o investimento. A história agora é outra. Só no mês de dezembro, quando a campanha entrou no ar, o número de pageviews no website da Antarctica saltou de 100 mil para 2 milhões e um total de 1,3 milhão de internautas recebeu o e-mail da Juliana Paes. “[Por causa desse anúncio] Um grupo muito grande de pessoas teve contato com os valores da marca”, diz Stella Barny, gerente de marketing da Antarctica.
Esse tipo de anúncio é o que se define por marketing viral, quando o próprio
consumidor se encarrega de passar a mensagem adiante e, no caso da Antarctica, faz parte de uma campanha maior em mídia tradicional e que em 2006 fez com que a Antarctica fosse a marca de maior crescimento da Ambev, com 3 pontos porcentuais.
Só nos Estados Unidos, a indústria do marketing viral cresceu de praticamente zero, há três anos, para US$ 150 milhões em 2006.
Na Europa, uma das novas agências especializadas no tema, a inglesa The
Viral Factory, cobra de US$ 250 mil a US$ 500 mil para criar vídeos que,
eles garantem, virarão hits na internet.
Para Mariscal, da Trout & Partners, o marketing viral é muito efetivo quando
atinge um grupo de consumidores que a concorrência ainda não atendeu.
Para Jaime Troiano, sócio-diretor da Troiano Consultoria de Marca, em São
Paulo, o marketing viral é o boca-a-boca do século 21, com uma diferença: Antigamente você torcia para acontecer e hoje você o planeja”, diz. Troiano ensina cinco pontos essenciais que uma empresa deve seguir para posicionar sua marca nesses tempos de extrema competição.
1) Marca não começa no mercadomas da porta da rua pra dentro, o chamado “brand inside”. Os funcionários têm de entender clara e precisamente a natureza da marca e da promessa que ela faz para o mercado e eles devem ser os primeiros e principais porta-vozes dela. A marca deve ser a representação de algo que a empresa faz e em que acredita, de forma que os funcionários sejam os primeiros apóstolos dessa cultura e de seus valores.

2) O posicionamento depende da compreensão profunda de quem é o seu cliente de carne e osso. As empresas ainda se apegam muito a classificações sócio-demográficas, como sexo, renda, idade, classe social e ocupação. Hoje, as pessoas se diferenciam mesmo dentro de uma classe social e faixa de idade por critérios de atitude e de valores.

3) Esqueça os planos de comunicação simplistas, como no passado. Hoje é preciso ter uma comunicação integrada usando ferramentas às quais o consumidor está exposto no seu dia-a-dia desde quando levanta até quando vai dormir. O celular, por exemplo.

4) Analise a comunicação dos concorrentes. Saiba o que os seus concorrentes estão fazendo na área de comunicação para você ter o máximo de “uniqueness” possível dentro do plano de comunicação e evite repetir as mesmas fórmulas.

5) Consistência. Posicionamento depende de consistência, de conseguir preservar a forma de dizer as coisaspara os seu consumidor; não complicar o processo de percepção que ele tem da sua marca.

A VEZ DO CELULAR
Não há dúvidas que a mídia digital e a popularização dos aparelhos wireless estão revolucionando o conceito de posicionamento de marca criado por Trout nos anos 80. Aí entra o telefone celular e o conceito de mobile marketing que, nas palavras do brasileiro Gil Girardelli, diretor-geral da agência Permission Inteligencia Digital, quebrou o conceito de que a pessoa deve estar sentada lendo revista, assistindo TV ou mesmo passando por algum lugar para receber uma informação. “Hoje a mensagem chega no seu bolso, no seu celular, que passa mais tempo do seu lado do que até a chave da sua casa”, diz Girardelli.
Não é à toa que uma pesquisa da revista on-line brandchannel.com revelou que, das cinco marcas de maior impacto em 2006, quatro são de empresas digitais. A revista perguntou a 3.625 profissionais de marketing qual marca teve o maior impacto em suas vidas em 2006. O resultado foi, por ordem: Google, Apple, YouTube e Wikipedia. Em quinto lugar aparece Starbucks.
Com a expansão da tecnologia wireless, no entanto, chegam dois desafios aos profissionais de marketing. O primeiro é descobrir qual o melhor formato para enviar sua mensagem. “Como fazer um comercial de 30 segundos numa tela de 6 centímetros?”, pergunta Girardelli. “Isso está mexendo com toda a cadeia de comunicação.” A agência Permission Inteligencia Digital, por exemplo, prepara campanhas digitais a partir do
Brasil para 22 países. Para um de seus clientes, uma grande empresa italiana, a agência dispara mensagens de texto em formato SMS para celulares de clientes na Itália, com texto revisado e aprovado pela empresa naquele país. Para o anunciante, a vantagem é o custo no Brasil, 70% mais baixo que na Europa.
Além disso, o mobile marketing tem resposta imediata do público-alvo e ainda economiza nos gastos da mala-direta tradicional, como gráfica, postagem, impressão, etc.
O segundo desafio do mobile marketing está no limite que a empresa deve ter para não importunar o consumidor com mensagens indesejáveis no seu celular. Quem perde preciosos minutos de seu dia deletando spams pode imaginar que pode ser ainda mais irritante receber mensagens não solicitadas em eu celular. Nada pior para a sua marca
do que provocar a ira do consumidor. “Aí entra o bom senso”, diz Girardelli.
Como se sabe, porém, nem todas as empresas conhecem essa expressão.
Nesse caso, a resposta negativa do consumidor será tão imediata quanto o envio de sua mensagem. E quem perde é a sua marca.

(*)Júlio Gama é formado em Comunicação Social, com especialização em Jornalismo pela Faculdade da Cidade no Brasil, com um MBA em Negócios Internacionais pela Florida International University, em Miami. Cursos de especialização incluem Planejamento Estratégico de Comunicação pela Universidade de Georgetown, Washington, DC.
Fundador e diretor geral da Americas Communications. Antes de criar a empresa, Julio ocupou o cargo de Diretor da Prática de Comunicação Corporativa na Newlink Communications, em Miami.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

REVOLUÇÃO NO TRANSPORTE PÚBLICO TEM PRIORIDADE SOBRE O CARRO


BRASÍLIA – O eleitoral ano de 2012 começa com uma pequena revolução numa das áreas mais importantes no cotidiano do cidadão comum, que irá às urnas em outubro escolher o prefeito da cidade em que mora. Uma lei federal publicada quarta-feira (4) inverte uma lógica não escrita mas praticada de que o uso de carro particular orienta políticas públicas em transportes.

A partir de abril, quando a lei entrar em vigor, o transporte coletivo terá de ser o grande protagonista nas decisões governamentais sobre o deslocamento urbano das pessoas.

Para desestimular o uso de carros e arrumar dinheiro para investir mais em ônibus, metrô e trem, estados e municípios poderão taxar a circulação de veículos em determinadas áreas, como fazem cidades como Londres e Estocolmo, por exemplo.

Pela mesma razão – e também por motivos ambientais –, estados e prefeituras estão autorizados a montar um rodízio de carros, algo que, se já existe hoje em São Paulo, carecia de um respaldo jurídico mais firme para sobreviver a contestações na Justiça, como agora acontece com a sanção da lei que cria a Política Nacional de Mobilidade Urbana.

O preço das passagens de transporte público, especialmente de ônibus, também vai sofrer impacto com a nova lei – e para melhor, do ponto de vista dos cidadãos. A empresa que opera as linhas municipais terá de ser escolhida pela prefeitura por licitação, não mais por uma opção individual do prefeito. Vencerá a concorrência quem oferecer o menor preço.

A exigência de licitação vai tornar o processo mais transparente. Hoje, a empresa é escolhida só com base no desejo da prefeitura, que fixa a tarifa periodicamente a partir de estimativas sobre quantidade de passageiros e o custo para transportar cada um.

Essa prática torna o processo mais sujeito a interesses políticos. Em São Paulo, por exemplo, o prefeito Gilberto Kassab, cujo mandato termina este ano e certamente tentará ver um aliado como sucessor, não prevê reajuste da tarifa. Fez o mesmo em 2008, quando se reelegeu, prometendo manter a tarifa congelada em 2009. Mas no ano seguinte subiu-a em 17%.

Esse modelo desregulado permitiu que, nos últimos dez anos, a tarifa de ônibus subisse 50% acima do índice de inflação calculado com base no custo de vida das pessoas de baixa renda, chamado de INPC. E desestimula a eficiência das empresas operadores, porque se o custo de transportar um passageiro cai, a tarifa pode baixar também.

Outro ganho potencial para o usuário com a nova lei é a imposição de que em todos os pontos de ônibus e estações de trem e metrô e trem haja informações gratuitas sobre itinerários, preços, horários e possibilidade de integração com outros meios de transporte.

Problemas
O objetivo da Política Nacional de Mobilidade Urbana é aproximar governo federal, estados e prefeituras no planejamento e execução de ações de transporte público, definindo o que cada um faz e como podem agir em conjunto, tendo em vista que é de interesse da população que as cidades fiquem mais amigáveis.

Pelo texto, o governo federal está agora obrigado por lei a dar suporte a financeiro a investimento em metrô, algo que vinha sendo feito desde o segundo mandato do ex-presidente Lula mas por uma opção do próprio governo.

Mas também há alguns problemas na lei resultante de projeto enviado pelo governo Lula ao Congresso em 2007 e que teve aval dos deputados em agosto de 2010 e dos senadores, em dezembro do ano passado. Alguns estão apontados em estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Segundo o Ipea, a lei erra ao não prever fontes de financiamento estáveis e permanentes para investimento em transporte público, por exemplo. E, graças a uma decisão da presidenta Dilma Rousseff a pedido da equipe econômica do governo, a lei publicada erra ao não atacar o que seria uma distorção do sistema de transporte coletivo atualmente: quem usa e paga subsidia quem usa e não paga.

Essa é uma questão politicamente delicada de ser resolvida. Hoje, as tarifas de ônibus e metrô são definidas com base no fluxo de passageiros, mas há certas categorias de usuários que têm acesso livre (idosos, policiais militares, carteiros) ou com desconto (estudantes).

Consequência: o usuário comum, em geral pessoas de renda menor, paga uma tarifa fixada num valor que também cubra o custo de transportar idosos e estudantes de forma privilegiada. “Isso traz um caráter regressivo à política tarifária”, diz o estudo do Ipea.

A lei votada no Congresso tentou resolver isso definindo que o custo do subsídio deveria ser pago por toda a sociedade, já que é ela, a sociedade em geral, que decidiu tratar de forma diferenciada policiais, carteiros, estudantes, idosos. Para isso, deveria ser aprovada uma lei específica apontando a origem dos recursos que cobririam o subsídio.

Essa proposta já fazia parte do texto original do projeto enviado pelo ex-presidente Lula ao Congresso. Mas acabou vetada da lei, quando sancionada por Dilma - que há quatro anos era chefe da Casa Civil, responsável por formatar todos os projetos do governo – a pedido do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que também já era ministro em 2007 e, na ocasião, assinara o projeto junto com o ministro das Cidades de então, Márcio Fortes.

Fonte: Carta Maior

ENGODO DEMOCRÁTICO


As democracias não se expressam, não se traduzem apenas pelo voto. A Alemanha nazista ascendeu pelo voto. O fascismo, na Itália, também. Em nenhuma das circunstâncias históricas havia o menor sinal, o menor laivo, a mais remota aparência de democracia. No Brasil do regime militar, sempre houve eleições para cargos parlamentares. Não havia, porém, democracia, a não ser uma tal democracia relativa, palavrão que inventaram para chancelar censura, torturas e cassações de mandatos, entre outras coisas.


Na Venezuela, Hugo Chávez está aferrado ao poder. Chegou lá pelo voto. De lá que não quer sair - também pelo voto. Ali não existe democracia. Existe uma ditadura que se vale dos instrumentos democráticos para tentar um disfarce. Por lá também impera a censura. Jornalistas opositores não apenas são ameaçados como são tratados, literalmente, à base de porretes.O Estado de Direito é o suporte das democracias. O Estado Democrático de Direito, este sim, é capaz de instalar um ambiente em que a equivalência de poderes permite até mesmo a quem não tem poder, como o cidadão comum, o pleno exercício de direitos que expressem legitimamente a representatividade popular.


Se assim não for, teremos expostos verdadeiros engodos democráticos, ou democracias de faz de conta, que servem de máscaras para esconder tiranias - escancaradas ou nem tanto.A Rússia tem sido um caso emblemático de país que ingressa aceleradamente na zona cinzenta - e portanto perigosa - que subverte os valores democráticos e os transforma em valores que alimentam os podres e ilegítimos poderes de governantes.Recentemente, milhares e milhares de pessoas têm tomado as ruas das principais cidades da Rússia, inclusive Moscou, a capital.


Os manifestantes reclamam de monstruosas, indisfarçáveis fraudes. Urnas foram entupidas de votos antes mesmo de começar a eleição. Em algumas seções, foramcaptadas imagens de mesários preenchendo cédulas eleitorais. Um escândalo.As fraudes nas eleições parlamentares permitiram ao Partido Rússia Unida, do primeiro-ministro Vladimir Putin, manter uma supremacia que, se não é mais tão ampla, ainda é expressiva.O que faz o governo democrata de Putin? Em relação aos críticos internacionais, praticamente os manda calar a boca, porque não teriam o direito sequer de dar um pitaco em relação a crimes eleitorais configurados.


Em relação aos opositores, ordena que sejam presos. E milhares, de fato, têm ido para a cadeia nos últimos dias, desde que os protestos começaram a aumentar. Em relação às fraudes em si, o presidente russo, Dmitri Medvedev, mandou abrir inquérito para investigar as denúncias. Ele considera, no entanto, que as malfeitorias não foram de tal dimensão, a ponto de justificar a anulação das aleições parlamentares.Ninguém sabe como é que o presidente russo tem tanta certeza disso. Ninguém tem o menor conhecimento dos elementos de que dispõe para fazer tal afirmativa.


Mas todos têm absoluta certeza de que não se pode apostar na veracidade dos juízos do presidente da Rússia, eis que ele próprio tem interesses políticos diretamente vinculados ao resultado da disputa parlamentar, decisiva para o próximo pleito, que vai eleger o sucessor do próprio Medvedev. Da mesma forma, não se pode considerar como plausível a irresignação do governo russo diante das críticas que vem recebendo de países verdadeiramente democráticos.


Externar repulsa às fraudes eleitores ocorridas na Rússia nada mais é do que conferir relevância ao peso do país no concerto das nações. E se faz necessário, além disso, para mostrar com clareza a distinção entre democracias genuínas e as que usam disfarces, fraudando eleições e corrompendo os valores democráticos de forma escandalosa e, portanto, inaceitável.

Fonte: O Liberal

PARA SUA CAMPANHA!

ESTÁ NA HORA DO MARKETING POLÍTICO


O Marketing Político vem se consolidando cada vez mais como peça fundamental no processo eleitoral. Estes são as técnicas e conceitos mais modernos e eficazes, garantindo uma campanha estruturada, marcante e eficiente.

Uma campanha de marketing político

A eleição

É impossível pensar em eleições, nos dias de hoje, sem pensar numa estrutura de marketing atuando em todos os segmentos do eleitorado.

Propaganda eleitoral deixou de ser apenas o ato de imprimir alguns milhares de folhetos coloridos e pichar os muros da cidade com o nome do candidato.

As campanhas eleitorais deixaram de ser intuitivas e se tornaram racionais, os palpites gratúitos cederam lugar à pesquisa; os temas principais, com determinadas palavras-de-ordem, aparentemente corretas mas aleatórias, agora têm origem em slogans com conceito e estratégia. Enfim: a propaganda política deixou para trás o amadorismo para se tornar profissional.

Comparando com campanhas de produtos e serviços: de um lado está o produto/serviço; do outro, o mercado consumidor. Na campanha eleitoral, de um lado o candidato e do outro os eleitores.

Existem alguns requisitos básicos para o sucesso de uma campanha eleitoral:

1. a existência de planos estratégicos, de orientação geral e detalhamento de atividades, tempo e recursos;

2. a existência de mão-de-obra especializada em propaganda;

3. a existência de um monitoramento durante todo o processo

O Marketing Político

Marketing Político são todos os recursos utilizados na troca de benefícios entre candidatos e eleitores.

Esses benefícios, no sentido candidato-eleitores seriam, essencialmente, as promessas, as vantagens do candidato e a sua linha de comunicação. No sentido oposto, ou seja, eleitores-candidatos, são os votos e as informações necessárias para obtê-los.

Alguns elementos compõem o quadro de planejamento de uma campanha de marketing político:

1. o meio ambiente em que se realiza a campanha eleitoral e que vai proporcionar oportunidades e ameaças ao sucesso de um candidato;

2. a administração da campanha eleitoral, que é a sua principal força de vendas, formada pelo próprio candidato, o seu partido político e os grupos de interesse alinhados com a sua candidatura;

3. o conceito de produto, que é a filosofia política do candidato, a escolha de temas específicos a serem tratados e a definição de suas posições a propósito dos temas. Além da formulação e da adoçäo de um estilo pessoal que conserve e amplie suas qualidades.

4. canais de comunicação e distribuição, que envolvem decisões e ações a respeito da utilização de mídia de massa e seletiva, aparições voluntárias, auxílio voluntário e partidário;

5. segmentos de eleitores diferenciados;

6. acompanhamento e revisão contínua e sistemática de resultados que impliquem em reorientação da campanha.

Além dos eleitores propriamente ditos, há outros grupos que precisam ser estimulados, tais como o partido político, os contribuintes da campanha eleitoral e os grupos de interesse alinhados à candidatura. Para isso, a Assessoria Política da campanha deverá canalizar de maneira adequada o seu potencial em função das necessidades imediatas.

O Candidato

O candidato obtém preferências com base:

* No seu nome
* No seu talento pessoal em dar início a uma reação emocional
* Na sua habilidade em utilizar a m’dia de massa
* Na sua capacidade de se projetar.

Além disso, há todo um processo de desenvolvimento pelo qual o candidato deve passar:
apresentar uma personalidade bem definida. Como acontece com os produtos, uma imagem de qualidade;
ainda na comparação com o marketing de produtos, deve identificar-se com uma instituição que lhe dê apôio e credibilidade: a própria inscrição partidária;
definida a personalidade e colocada esta dentro de um contexto de organização (o partido), o candidato deverá impor a sua marca (o seu nome).
Em resumo, o candidato deve:

1. Planejar formalmente a sua estratégia de campanha, sua postura diante dos problemas, sua propaganda, suas aparições, sua base para a obtenção de fundos, sua monitoria da situação, seus objetivos, sua alocação de recursos e o tempo de que dispõe para obter a aprovação dos eleitores;
2. Construir uma forte organização de ações, capaz de reforçar, durante todo o processo, as posições assumidas durante a campanha eleitoral, sem que ocorra a perda de campos já conquistados.

O candidato e o partido

A importância do partido político no universo do candidato deve ser medida dentro dos seguintes parâmetros:

o partido está para o candidato como a empresa para o produto. Ele significa um sistema que detém um conjunto de recursos para atingir os eleitores. Assim, como não existe produto sem uma empresa que identifique a sua origem, não existe candidato sem partido.
o partido, então, pode ter uma imagem que acrescente ou subtraia. Porisso, é importante saber se o partido agrega imagem positiva ao candidato, assim como o nome de uma empresa de prestígio no mercado acrescenta prestígio a um produto.
Os componentes do marketing político

1. A Pesquisa de Mercado

A pesquisa de mercado procura descobrir o que vai ao encontro dos interesses do eleitor, identificando as suas necessidades, seus desejos e seus valores. Com isso, o candidato pode desenvolver estratégias com uma margem de erro muito menor.

Numa campanha eleitoral, devem ser pesquisados o tamanho do mercado e a sua segmentação, o que qualifica o eleitor, o potencial deste mercado com base em padrões históricos de voto, a opinião dos eleitores em torno de assuntos importantes e sobre posições assumidas.

O resultado da pesquisa pode determinar o próprio conteúdo da mensagem do candidato.

2. O conceito e a estratégia do candidato

O que vincula um eleitor a um candidato é a imagem deste último.

Esta imagem, mesmo quando já existente, pode ser planejada e trabalhada. Por outro lado, é preciso ficar atento a como o eleitor está percebendo esta mensagem. Isto precisa ser sistematicamente conferido.

A imagem planejada de um candidato deve conceituar adequadamente sua maneira de se vestir, suas maneiras, suas declarações e o conjunto das suas ações. O objetivo é que o candidato tenha uma aparência e um comportamento que correspondam à percepção e aos desejos do eleitor.

Para conceituar o candidato e definir sua estratégia:

definir, com base em pesquisa de mercado, um tema para o candidato, em torno do qual o interesse do eleitor será construido.
identificar os principais problemas e a maneira como são encarados e sentidos pelos eleitores;
excluir os conceitos não desejados em razão da personalidade e dos antecedentes do candidato;
testar o conceito escolhido através de pesquisas periódicas;
decidir sobre a adoção de mais de um conceito, sendo um principal e outro, ou outros, secundários, desde que plenamente compatíveis.
3.Estratégia de Comunicação

O conceito do candidato é a base para o plano de comunicação da campanha.

Para um programa de propaganda paga ou gratúita, devem ser tomadas as seguintes providências:

- Definir a mensagem básica da campanha
- Definir a melhor maneira de apresentar visualmente o candidato;
- Definir as pesquisas que serão veiculadas;
- Definir os veículos adequados para a veiculação;
- Elaborar os programas orçamentários de produção e veiculação da campanha, que devem ser detalhados toda semana até a data de realização das eleições.
- Paralelamente, deve ser desenvolvido um programa de aparições pessoais do candidato. Este programa deve ser controlado pela Assessoria Política.

É preciso ficar atento, neste programa, para as limitações de tempo do candidato. É bom lembrar que o candidato tem, ainda, a responsabilidade de motivar o partido, seus cabos eleitorais e os eleitores comprometidos com a campanha.

4. Programa de Trabalho Voluntário

Inúmeras pessoas devem ser treinadas para compor grupos de trabalho voluntário na campanha.

Entre as tarefas do trabalho voluntário estão as de preparação de eleitores e auxiliares, a participação como oradores para platéias específicas, o envio de malas-diretas, o levantamento e registro de votos, o transporte e alimentação dos eleitores no dia das eleições, entre muitas outras funções.

Para que a Assessoria Política consiga gerenciar bem o trabalho voluntário, deve:

- Valorizar o partido como centro de decisões
- Estar sempre motivando os colaboradores;
- Estabelecer objetivos e metas para a equipe voluntária;
- Estabelecer um sistema de controle de realizações;
- Treinar o pessoal e acompanhar de perto o seu trabalho

Fonte: www.umacoisaeoutra.com.br/marketing/mktpol.htm