terça-feira, 23 de agosto de 2011

O MITO DO EFEITO DOMINÓ NO ORIENTE MÉDIO


Os potentados e tiranos árabes sobreviventes passaram uma segunda noite de insônia. Em quanto os tempo os libertadores de Trípoli se metamorfosearão nos libertadores de Damasco, Alepo e Homs? Ou de Amã? Ou de Jerusalém? Ou de Bahrein ou Riad? Não é a mesma coisa, claro.

A primavera-verão-outono árabe não só demonstrou que as velhas fronteiras coloniais permanecem invioladas – espantoso tributo ao imperialismo, suponho -, como também que cada revolução tem características próprias. Isso já foi dito por Saif Kadafi no princípio de sua própria queda: “A Líbia não é a Tunísia...será uma guerra civil. Haverá banho de sangue nas ruas”. E assim ocorreu.

Olhemos na bola de cristal. A Líbia será uma superpotência do Oriente Médio – e menos que imponhamos uma ocupação econômica como preço do bombardeio libertador da OTAN – e menos africana, mais árabe agora que a obsessão de Kadafi com a África Central e Austral desapareceu. Pode ser contagie Argélia e Marrocos com suas liberdades. Os estados do Golfo estão felizes – até certo ponto -, pois a maioria considerava Kadafi mentalmente instável e maligno. Mas destronar tiranos árabes é um jogo perigoso quando governantes árabes não eleitos se unem a ele. Quem lembra agora da guerra de 1977, quando Anuar Sadat mandou seus bombardeios pulverizar as bases aéreas de Kadafi, as mesmas que a OTAN atacou nos últimos meses, logo depois que Israel advertiu o presidente egípcio que Kadafi planejava assassiná-lo. No entanto, a ditadura de Kadafi sobreviveu 30 anos mais que Sadat.

Como todos os demais, a Líbia sofreu do câncer do mundo árabe: a corrupção financeira...e moral. O futuro será diferente? Passamos demasiado tempo exaltando o valor dos combatentes pela liberdade da Líbia em suas jornadas pelo deserto, e muito pouco tempo examinando a natureza da fera, o pegajoso Conselho Nacional de Transição (sic), cujo suposto líder, Mustafá Abdul Jalil, foi incapaz de explicar por que seus camaradas – e talvez ele mesmo, planejaram o assassinato do comandante de seu próprio exército no mês passado. E o Ocidente oferece lições de democracia à Nova Líbia, aconselhando com indulgência seus líderes não eleitos a como evitar o caos que causamos aos iraquianos quando os libertamos há oito anos. Quem receberá os subornos no novo regime – democrático ou não – quando ele estiver instalado?

Assim como todos os novos regimes contem personagens obscuros do passado – tanto a Alemanha de Adenauer como o Iraque de Maliki – a Líbia terá que abrir espaço às tribos dos Kadafi. As cenas de segunda-feira na Praça Verde foram dolorosamente similares à frenética adoração exibida nesse mesmo lugar por Kadafi há apenas algumas semanas. Evoquemos, pois, o dia em que um assessor perguntou a De Gaulle se as multidões que o aclamavam após a liberação da França, em 1944, eram tão grandes como as que aplaudiram Pétain algumas semanas antes. De Gaulle teria respondido: “São as mesmas”.

Não todas. Quanto tempo levará para o mundo bater à porta do supostamente moribundo Abdulbaset al-Megrahi, autor do bombardeio em Lockerbie – se é verdade que ele cometeu esse crime – para descobrir o segredo de sua longevidade e de suas atividades encobertas no regime de Kadafi? Quanto tempo levará para que os libertadores de Trípoli ponham as mãos nos arquivos dos ministérios do Petróleo e de Relações Exteriores de Kadafi para averiguar os segredos dos idílios de Blair-Sarkozy-Berlusconi com o autor do “Livro Verde”. Ou será que os espiões britânicos ou franceses vão se adiantar nesta tarefa?

E quanto tempo passará, devemos perguntar, antes que o povo europeu exija saber por que, se a OTAN teve tanto êxito na Líbia – como asseguram agora Cameron e seus amigos – não pode fazer a mesma coisa contra as legiões de Assad na Síria, tomando Chipre como base de lançamento de aviões, de devastar os 8 mil tanques e veículos blindados que mantem sitiadas as cidades desse país? Ou devemos prestar atenção nos vizinhos: Israel tem a esperança secreta (como de modo vergonhoso teve em relação ao Egito) de que o ditador sobreviva, se converta em seu amigo e firme um acordo de paz definitivo sobre Golan.

Israel, que tem sido tão oblíquo e imaturo em sua resposta ao despertar árabe, tem muito o quê ponderar. Por que seus governantes não expressaram satisfação com a revolução egípcia, abrindo os braços a um povo que mostrou que desejava essa democracia que Tel Aviv tanto alardeia, em vez de matar cinco soldados egípcios no mais recente tiroteio em Gaza?

Ben Ali e Mubarak se foram; Saleh está mais ou menos fora; Kadafi foi derrotado; Assad está em perigo; Abdalá, da Jordânia, ainda enfrenta opositores; a minoritária monarquia sunita do Bahrein se aferra de forma suicida à esperança de governar até a eternidade. Todos estes são eventos de enorme importância histórica, aos quais os israelenses têm respondido com uma espécie de hostil apatia. No momento em que poderia afirmar que seus vizinhos árabes só buscam as liberdades que seus cidadãos já possuem – que existe uma irmandade democrática capaz de transcender as fronteiras -, Israel cala, constrói mais colônias em terra árabe e continua deslegitimando-se enquanto acusa o mundo de tentar destruí-lo.

Em uma hora tão crítica não é possível esquecer o império otomano. No ápice de seu poder, era possível viajar de Marrocos a Constantinopla sem documentos migratórios. Se houvesse liberdade na Síria e na Jordânia, poderíamos ir da Argélia a Turquia e, daí, para a Europa, sem necessidade de visto. O império otomano renascido. Exceto para os árabes, é claro: podem ter certeza que eles seguiriam precisando de visto.

Ainda não chegamos aí. Quanto tempo falta para que os xiitas do Bahrein e as abatidas massas sauditas, sentados em cima de tanta riqueza, perguntem por que não podem controlar seus próprios países e pressionem para derrubar os marionetes que os governam? Com que semblante sombrio Maher Assad, irmão de Bashar e comandante da infame Quarta Brigada Síria, deve ter escutado a última chamada telefônica da Al Jazeera a Kadafi. Nos faltou sabedoria e previsão, lamentou Kaadafi para o mundo antes que o fogo das armas cortasse a sua voz. “Estão na casa!” – ouviu-se. E logo depois: “Deus é grande!” E a linha morreu.

Todo líder árabe não eleito – ou qualquer líder muçulmano eleito via fraude – deve ter pensado nesta voz. A sabedoria é, sem dúvida, uma qualidade muito ausente no Oriente Médio; a previsão, uma habilidade que os árabes e o Ocidente desprezaram. Oriente e Ocidente – se é que é possível fazer uma divisão tão crua – perderam a capacidade de pensar no futuro. As próximas 24 horas é tudo o que importa. Ocorrerão protestos amanhã em Hama? O que dirá Obama no horário nobre de televisão? O que dirá Cameron ao mundo?

As teorias do efeito dominó são uma fraude. A primavera árabe durará anos. É melhor pensarmos nisso. Não há um fim da história.

Texto: Robert Fisk - La Jornada
Tradução: Katarina Peixoto
Fonte: Carta Maior

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

O MELHOR PARA SEU EVENTO


EVENTO COM A NOSSA MARCA


ILUMINAÇÃO DA FACHADA DO ESPAÇO CYRELA

EVENTO COM A NOSSA MARCA


SONORIZAÇÃO DO 36º ENART - UFPA - TEATRO DA PAZ

EVENTO COM A NOSSA MARCA


QUADRO BELEZA DA COMUNIDADE DO PROGRAMA HOJE EM DIA - REDE RECORD.

EVENTO COM A NOSSA MARCA


Estrutura da JCA COMUNICAÇÃO & ENTRETENIMENTO no evento da Rede Record no Hangar.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

OFENSA A MODERAÇÃO


O Senado tem saída para tudo. Se tem saída até para senadores que quebram o decoro, imaginem então quando se trata de esquivar-se de suas obrigações quando terceiras pessoas - estranhas, portanto, ao âmbito do Senado - estão envolvidas.Caso recente comprova isso. Envolve o senador Roberto Requião (PMDB-PR).

No dia 25 de abril, o senador viu-se diante de repórter que lhe fez pergunta de interesse público, relacionado ao pagamento de pensão a ex-governadores.
Incomodado com a pergunta, o senador arrancou o gravador do jornalista e ameaçou espancá-lo. “Você quer apanhar?”, desafiou o parlamentar. Não satisfeito, passou a chamar o repórter de “engraçadinho” pela internet.


O Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal foi ao Senado, pedindo providências para reparar conduta flagrantemente ofensiva à liberdade e dignidade profissionais.O que fez o Senado, diante do pedido do sindicato? Nada. Resolveu mandar para os seus arquivos o pedido de advertência ao senador, sob a argumento de que a petição apresentada pela entidade não atende aos requisitos previstos para punir o parlamentar.Advogados também sustentaram que não há provas de que o senador agrediu o jornalista, muito embora o repórter tenha gravado o trecho da entrevista na qual o parlamentar toma o gravador de suas mãos.

O Senado, está claro, não apurou o que tinha o dever de apurar porque a apuração, simplesmente, não lhe interessou. Como já ocorreu em tantas outras oportunidades, o Senador tergiversou, escamoteou, jogou o corpo pra cá e pra lá... E nada fez porque, repita-se, não era de seu interesse fazê-lo.


Quem fica de frente para o prédio do Congresso Nacional, em Brasília, identifica o recinto do Senado como aquele que fica do lado esquerdo de quem olha.
É aquele prédio em que a abertura da concha estava voltada para baixo, como se fosse um chapéu instalado sobre o prédio do Senado. Essa geometria tem um simbolismo, um significado: quando projetou a concha emborcada, Niemayer pretendeu mostrar que ali está uma Casa vocacionada para a introspecção, para a reflexão, para a maturação de ideias que tenderiam a ser mais consistentes, porque decorrentes da ponderação, da moderação, do comedimento, da racionalidade.


Mas que nada! O Senado, nos últimos anos, tem oferecido demonstrações evidentes de que faz tudo ao contrário do que eventualmente poderão representar seus emblemas, presentes em instalações arquitetônicas que já se transformaram em pontos turísticos. O escândalo dos atos secretos representam uma evidência disso. Nunca antes, jamais, em tempo algum, na história do Senado, constatou-se uma catarata tão copiosa de irregularidades.

Mas o resultado disso foi a punição de três ou quatro gatos pingados, que sabidamente ultrapassaram os limites da boa ética porque, certamente, tinham no mínimo a conivência de Suas Excelências. A mesma coisa acontece agora. O senador fez o que fez porque sabia que, se o fizesse, o espírito de corpo é que prevaleceria, caso alguém ou alguma entidade questionasse seus procedimentos.


E foi exatamente o que aconteceu, para a estupefação geral. E para o espanto de todos, sabe-se que o Senado, um ambiente onde se parlamenta, onde se trava o contraditório, tem horror a perguntas que são de interesse público, independentemente do incômodo que possam provocar. Senadores têm o dever legal, constitucional de legislar. Aos jornalistas, igualmente, assiste o dever - assegurado pelo princípio constitucional da liberdade de Imprensa - de fiscalizar as ações dos homens públicos.

No caso concreto, o senador resolveu eximir-se dessa responsabilidade agressivamente. E o Senado acaba por chancelar sua conduta.
Eis mais uma prova de que o Senado faz tudo ao contrário

Fonte: O Liberal

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

CREDIBILIDADE NA MÍDIA



GLOBO: OS PRINCÍPIOS, A CREDIBILIDADE E A PRÁTICA

Deve ter sido coincidência. Todavia, não deixa de ser intrigante que os “Princípios Editoriais das Organizações Globo” tenham sido divulgados apenas algumas semanas após o estouro do escândalo envolvendo a News Corporation e um dia depois que um ex-jornalista da própria Globo tenha postado em seu Blog – com grande repercussão na blogosfera – que havia uma orientação na TV Globo para tentar incompatibilizar o novo Ministro da Defesa com as Forças Armadas.

Credibilidade: questão de sobrevivência
A credibilidade passou a ser um elemento absolutamente crítico no “mercado” da notícia. O monopólio dos velhos formadores de opinião não existe mais. Não é sem razão que as curvas de audiência e leitura da velha mídia estejam em queda e o “negócio”, no seu formato atual, ameaçado de sobrevivência.

Na contemporaneidade, são muitas as fontes de informação disponíveis para o cidadão comum e as TICs ampliaram de forma exponencial as possibilidades de checagem daquilo que está sendo noticiado. Sem credibilidade, a tendência é que os veículos se isolem e “falem”, cada vez mais, apenas para o segmento da população que compartilha previamente de suas posições editoriais e busca confirmação diária para elas, independentemente dos fatos.

O escândalo do “News of the World” explicitou formas criminosas de atuação de um dos maiores conglomerados de mídia do mundo, destruiu sua credibilidade e levantou a suspeita de que não é só o grupo de Murdoch que pratica esse tipo de “jornalismo”. Além disso, a celebrada autorregulamentação existente na Inglaterra – por mais que o fato desagrade aos liberais nativos – comprovou sua total ineficácia. As repercussões de tudo isso começam a aparecer. Inclusive na Terra de Santa Cruz.

Os Princípios da Globo
No Brasil ainda não existe sequer autorregulamentação e as Organizações Globo, o maior grupo de mídia do país, não tem um único Ombudsman em suas dezenas de veículos para acolher sugestões e críticas de seus “consumidores”. Neste contexto, a divulgação de princípios editoriais – sejam eles quais forem – é uma referência do próprio grupo em relação à qual seu jornalismo pode ser avaliado. Não deixa de ser um avanço.

A questão, todavia, é que o histórico da Globo não credencia os Princípios divulgados. Em diferentes ocasiões, ao longo dos últimos anos, coberturas tendenciosas que se tornaram clássicas, foram documentadas. E alguns pontos reafirmados e/ou ausentes dos Princípios agora divulgados reforçam dúvidas. Lembro dois: a presunção de inocência e as liberdades “absolutas”.

Presunção de inocência
O Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros, adotado pela FENAJ, acolhe uma garantia constitucional (inciso LVII do artigo 5º) que tem origem na Revolução Francesa e reza em seu artigo 9º: “a presunção de inocência é um dos fundamentos da atividade jornalística”.

Não é necessário lembrar que o poder da velha mídia continua avassalador quando atinge a esfera da vida privada, a reputação das pessoas, seu capital simbólico. Alguém acusado e “condenado” pela mídia por um crime que não cometeu dificilmente se recupera. Os efeitos são devastadores. Não há indenização que pague ou corrija os danos causados. Apesar disso, a ausência da presunção de inocência tem sido uma das características da cobertura política das Organizações Globo.

Um exemplo: no auge da disputa eleitoral de 2006, diante da defesa que o PT fez de filiados seus que apareceram como suspeitos no escândalo chamado de “sanguessugas”, o jornal “O Globo” publicou um box de “Opinião” sob o título “Coerência” (12/08/2006, Caderno A pp.3/4) no qual afirmava:

“Não se pode acusar o PT de incoerência: se o partido protege mensaleiros, também acolhe sanguessugas. Sempre com o argumento maroto de que é preciso esperar o julgamento final. Maroto porque o julgamento político e ético não se confunde com o veredicto da Justiça. (...) Na verdade, a esperança do PT, e de outros partidos com postura idêntica, é que mensaleiros e sanguessugas sejam salvos pela lerdeza corporativista do Congresso e por chicanas jurídicas. Simples assim.”

Em outras palavras, para O Globo, a presunção de inocência é uma garantia que só existe no Judiciário. A mídia pode denunciar, julgar e condenar. Não há nada sobre presunção de inocência nos Princípios agora divulgados.

Aparentemente, a postura editorial de 2006 continua a prevalecer nas Organizações Globo.

Liberdades absolutas?
Para as Organizações Globo a liberdade de expressão é um valor absoluto (Seção I, letra h) e “a liberdade de informar nunca pode ser considerada excessiva” (Seção III).

Sem polemizar aqui sobre a diferença entre liberdade de expressão e liberdade de imprensa – que não é mencionada sequer uma única vez nos Princípios – lembro que nem mesmo John Stuart Mill considerava a liberdade de expressão absoluta. Ela, como, aliás, todas as liberdades, têm como limite a liberdade do outro.

Em relação à liberdade de informar, não foi exatamente o fato de “nunca considerá-la excessiva” que levou a News Corporation a violar a intimidade e a privacidade alheia e a cometer os crimes que cometeu?

O futuro dirá
Se haverá ou não alterações na prática jornalística “global”, só o tempo dirá. Ao que parece, as ressonâncias do escândalo envolvendo o grupo midiático do todo poderoso Rupert Murdoch e a incrível capilaridade social da blogosfera, inclusive entre nós, já atingiram o maior grupo de mídia brasileiro.


Venício Lima é Professor Titular de Ciência Política e Comunicação da UnB (aposentado) e autor, dentre outros, de Regulação das Comunicações – História, poder e direitos, Editora Paulus, 2011.
Fonte: Carta Maior

terça-feira, 9 de agosto de 2011

LADRÕES NO MINISTÉRIO DO TURISMO


O esquema de desvio de recursos do Ministério do Turismo investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela Polícia Federal (PF) podem ter causado um prejuízo aos cofres públicos de cerca de R$ 4 milhões.

Segundo o procurador da República no Amapá, Celso Leal, o valor é relativo ao dinheiro liberado por meio de emenda parlamentar para um convênio firmado pelo ministério, em 2009, com o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi). Convênio que ele classifica como 'uma grande fraude para desviar dinheiro do ministério'.

Por telefone, o procurador explicou à Agência Brasil que os indícios de irregularidades foram constatados pelo Tribunal de Contas da União (TCU). De acordo com Leal, investigações preliminares indicam que mesmo tendo recebido o dinheiro do ministério, o Ibrasi - uma organização sem fins lucrativos com sede em São Paulo - jamais realizou os cursos de qualificação profissional previstos no convênio. Voltado a profissionais de turismo, o treinamento deveria ocorrer no Amapá.

De acordo com o procurador, os fortes indícios de irregularidades motivaram-no a expedir 19 mandados de prisão preventiva (sem prazo determinado), 19 mandados de prisão temporária e sete de busca e apreensão, que levaram a PF a deflagrar, na manhã desta terça-feira, 9, a Operação Voucher, que resultou na prisão de 38 pessoas.

De acordo com a PF, além de o convênio ter sido realizado sem licitação, o Ibrasi não teria condições técnico-operacionais para executar o serviço previsto. Além disso, entre outras irregularidades, há indícios de que o ministério não tenha fiscalizado - ou o tenha feito de forma insatisfatória - a execução do convênio, de que documentos comprovando as despesas tenham sido fraudados e que o pagamento pelo convênio tenha sido antecipado desnecessariamente.

'As prisões estão fundamentadas basicamente no desvio de verbas, ou seja, no pagamento pela execução de um convênio que não foi executado, mesmo o dinheiro tendo sido liberado',

declarou o procurador, por telefone.

De acordo com Leal, as prisões foram decretadas a fim de manter a viabilidade da investigação criminal. 'No decorrer da investigação, notamos uma dificuldade porque os investigados tentavam manipular a investigação. O outro fundamento foi a manutenção da ordem pública, ou seja, para evitar que novos crimes semelhantes fossem cometidos por estas mesmas pessoas.'

O procurador prevê que as investigações policiais serão encerradas em no máximo duas semanas. 'As investigações estão adiantadas e esperamos que, com a oitiva [depoimento] das 38 pessoas presas, o que deve acontecer no mais tardar na próxima semana, as investigações da Polícia Federal sejam concluídas e o Ministério Público possa propor as necessárias ações penais e de improbidade administrativa.'

Entre os 38 presos esta manhã estão o secretário executivo do Ministério do Turismo, Frederico Silva da Costa, número dois na hierarquia da pasta; o secretário nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo, Colbert Martins; o ex-presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), Mário Moysés, além de diretores e funcionários do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi) e empresários.

Frederico Costa está no Ministério do Turismo desde 2003, ano de criação da pasta. Depois de passar por vários departamentos, ele assumiu a chefia da Secretaria Nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo, posto que ocupava quando foi firmado o convênio com o Ibrasi, objeto de investigação pela polícia e que resultou nas prisões desta terça-feira. No início deste ano, tornou-se secretário executivo.

Colbert Martins é ex-deputado federal pela Bahia e ocupa, atualmente, a Secretaria de Programas e Desenvolvimento do Ministério do Turismo. Mário Moyses presidiu a Embratur até junho de 2011. Em 2008, ele assumiu a Secretaria Executiva do ministério. Na gestão da ex-ministra Marta Suplicy, Moysés era chefe de gabinete.

Fonte: Agência Brasil

O FLAGELO DO TRÁFICO HUMANO NO BRASIL


A reportagem de abertura do programa Fantástico no dia 17 de Abril na Rede Globo, apresentou um retrato claro de um dos maiores flagelos que a humanidade enfrenta nos dias atuais: o tráfico de seres humanos.

A matéria, que teve início com o "aparecimento" de um adolescente haitiano no metrô de São Paulo na semana retrasada, fez um rastreamento e esclareceu em pormenores o caso, em que a mãe do menor contratou os chamados "coiotes", para levar seus dois filhos do Haiti para a Guiana Francesa, onde mora há oito anos.

Além de só ter levado um menino, os coiotes estorquiram a família, como costumeiramente fazem, pedindo dinheiro além do combinado e por finalmente abandonarem o garoto - após passarem por vários países da América Latina -, numa estação paulista.

Felizmente este caso terá um final feliz, onde a justiça brasileira encaminhará o garoto à mãe, na Guiana Francesa. Mas é um caso isolado. Por dia, milhares de pessoas no mundo inteiro são vítimas deste crime, num comércio ilegal e que rende bilhões de dólares por ano para quadrilhas especializadas e que por vezes não enfrentam nenhum tipo de combate.

Para a Organização das Nações Unidas - ONU, o número de pessoas traficadas no planeta atinge a casa dos quatro milhões anuais, movimentando em torno de 32 bilhões de dólares, dos quais 80% são provenientes da exploração sexual de mulheres. Em meio a essas denúncias, veio a tona uma realidade espantosa: o Brasil é um dos países campeões do mundo em relação ao fornecimento de seres humano para o tráfico internacional, seja para trabalho escravo, prostituição, comércio de órgãos humanos e até pedofilia.

Durante investigações da CPI da Pedofilia da Assembléia Legislativa, levado a cabo no Pará em 2009, lamentavelmente já havíamos constatado o absurdo tráfico de crianças e adolescentes para fins de exploração sexual. E recentemente de casos semelhantes, mas com o intuito para o bárbaro de comércio de órgãos humanos. Quadrilhas de tráfico humano não estão agindo apenas nas principais cidades do país, mas em todos os rincões e até com mais facilidade de operação.

A Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transacional, conhecida como Convenção de Palermo, é o principal instrumento global de combate ao crime organizado. A qual é complementada pelos protocolos que abordam áreas específicas: Prevenção, Repressão e Punição do Tráfico de Pessoas; Combate ao Tráfico de Migrantes por Via Terrestre, Marítima e Aérea, e Contra a Fabricação e o Tráfico Ilícito de Armas de Fogo.

No Brasil, o Ministério da Justiça tem se esforçado em combater este crime, através da Coordenação de Enfrentamento do Tráfico Humano. Mas ainda é insuficiente, a começar pela extensão de nossas fronteiras e pelo número reduzido de pessoal para combate deste mal, sem falar na quase que completa ausência de campanhas informativas nos Estados e municípios.

Na Câmara Federal, há uma iniciativa do parlamento em colaborar com as autoridades, através de uma Comissão Parlamentar de Inquérito - CPI, protocolada por mim em março último, com a assinatura de mais de 180 parlamentares. Estamos neste momento aguardando apenas a autorização da mesa da casa para sua instalação e início dos trabalhos.

O objetivo desta CPI será o de investigar o tráfico de pessoas no Brasil, onde se verificarão suas causas, consequências e responsabilidades, no período de 2003 a 2011, compreendido na vigência da Convenção de Palermo.

Com o recente crescimento econômico do Brasil, onde mais trabalhadores serão exigidos em algumas regiões do país, é esperado um incremento deste crime, com quadrilhas nacionais e internacionais, que agindo nos países vizinhos, trazem trabalhadores para invariavelmente trabalharem e morarem em condições sub-humanas, próximas à escravidão e à margem das legislações vigentes.

É preciso que se combata com seriedade estas redes de exploração, onde pessoas inescrupulosas, capazes de negociarem seus semelhantes apenas para auferirem benefícios financeiros, tenham suas atividades criminosas investigadas e encerradas.

Arnaldo Jordy - Deputado Federal (PPS/PA)
Vice-Presidente da Comissão de Direitos Humanos
e Minoria da Câmara dos Deputados

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

CABIDES PARTIDÁRIOS


Mais um demitido no Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transportes (Dnit).

É o 20º que sai, depois da revelação do esquema de corrupção sem precedentes no Ministério dos Transportes e áreas sob sua órbita de influência.

Desta vez, o demitido foi o coordenador geral de Operações Rodoviárias do Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transportes (Dnit), Marcelino Augusto Santa Rosa. Ele perdeu o cargo após publicação de reportagem mostrando o envolvimento de sua mulher em negócios com o Dnit. Ela seria procuradora de oito empresas contratadas pela autarquia, a maioria ligada à sinalização de rodovias.

Demissões assim, em média uma por dia - ou até mais - em apenas um só setor da administração pública, nunca antes, jamais, em tempo algum se se viu na História desta República permanentemente engolfada em corrupção.

Se isso não é uma limpeza, uma vassourada, uma faxina geral, então o que é? São apenas 'ajustes', diz o novo ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos.

Todo mundo sabe que o ministro usa linguagem, digamos, protocolar. Porque os 'ajustes' a que ele se refere não passam mesmo de limpeza, de vassourada, de faxina geral.


A mesma linguagem protocolocar, rebuscada, meio enigmática foi usada recentemente pelo então diretor-geral do Dnit, Luiz Antônio Pagot - ele próprio integrante da lista dos 20 que já saíram -, ao comparecer perante comissão do Congresso.


Quando se referiu ao superfaturamento de obras, fato comprovado por ninguém menos que a presidente da República, Dilma Rousseff, Pagot disse assim: 'Obviamente, como fazia bastante tempo que a própria presidente não comparecia a uma reunião daquele tamanho que foi feita, eu não me surpreendi de ela ter se admirado que algumas obras estavam com o escopo bem superior aos registros iniciais que constavam nos balanços do PAC.'

'Escopo bem superior aos registros iniciais que constavam nos balanços do PAC', na elegante formulação idiomática do então diretor- geral do Dnit, é expressão que significa superfaturamento. Sem tirar nem pôr.

De que adianta autoridades capricharem no verbo para amenizar certas situações? De nada adianta. A sociedade pode até não entender ao certo o que agentes públicos dizem, mas percebe claramente o que eles fazem.

Tentar esconder o Sol com a peneira apenas contribui para aguçar a curiosidade e lançar no descrédito quantos imaginam que podem tirar por menos, quando se trata de punir deslizes éticos intoleráveis.

No caso específico da razia que o Partido da República (PR) promoveu na área dos Transportes do governo Dilma Rousseff, fica evidente, uma vez mais, a necessidade de se profissionalizar a administração pública, que historicamente é partidarizada no Brasil.

A justificativa apresentada pela classe política é a de que a democracia representativa implica a necessidade de alianças. E na conformação dessas composições - que em tese podem até ser legítimas -, a distribuição de cargos é a principal, senão a única moeda de troca.

As deformações, as transgressões, as extrapolações de limites éticos aceitáveis começam por aí; aliás, começam e terminam justamente aí.


Por quê? Porque, muito embora a palavra e a decisão finais sejam do chefe do Executivo, os partidos é que indicam seus apaniguados para ocupar cargos de relevância. E dificilmente as indicações são recusadas, o que não significa que sejam bem-vindas.

Ou será que alguém imagina que a presidente da República se orgulha de ter em seu governo um ministro como o do Turismo, que usou dinheiro público para bancar uma festa do arromba dentro de motel em São Luís do Maranhão?

O cabide partidário em que se transformou a área dos Transportes, até aqui fatiada para o PR, comprova que práticas como essas são deletérias. E precisam acabar.

Fonte: O Liberal

sábado, 6 de agosto de 2011

BOICOTE AO PARÁ


O BLOG DO JOÃO, esteve no show do Jota Quest na AP. Sentimos que algo cheirava mal quando após ser anunciado o show da Gang do Eletro, no encerramento do evento, as luzes se acenderam e a banda não se apresentou. Descobrirmos a verdade através do musicaoriginalbrasileira.blogspot.com, no qual reproduzo na íntegra postagem do blog.

Desde já disponibilizamos este espaço para que a BIS possa se justificar perante a opinião pública.


Leiam e tirem suas conclusões.

BIS ENTRETENIMENTO BOICOTA PARTICIPAÇÃO DA GANG DO ELETRO EM SHOW DO JOTA QUEST EM BELÉM DO PARÁ.

Era pra ser uma grande noite. Pela primeira vez na história, uma banda de projeção nacional dividiria espaço com uma banda que surgiu do caldeirão criativo do tecnomelody: a Gang do Eletro iria encerrar o show dos mineiros do Jota Quest em seu show em Belém. O evento foi organizado pela empresa paraense Bis Entretenimentos, que se auto intitula a "Maior produtora de eventos no norte do país". Mas não só, foi a Bis Entretenimentos que capitaneou a gravação do DVD Movimento Tecnomelody para a Som Livre e se diz a maior divulgadora e incentivadora dos artistas do Pará.
Pois bem. Não foi uma grande noite, muito pelo contrário, foi uma noite vergonhosa para todos que se consideram admiradores da cultura paraense. A Bis Entretenimento boicotou a Gang do Eletro, impossibilitando a apresentação. A empresa ainda não se manifestou publicamente a respeito, o que não significa nada, pois uma atitude dessa pode até ser explicada, mas nunca justificada. O cantor Rogério Flausino divulgou amplamente em seu Twitter que a Gang do Eletro participaria do show como convidada pessoal, até anunciou a banda quando acabou sua apresentação... No entando as luzes foram apagadas, o som desligado e Waldo Squash, Madeiro e a turma toda ficou no palco com cara de tacho. Segundo Waldo "foi a pior humilhação da minha vida".

O que leva uma empresa a tomar uma atitude indefensável dessas? A história é longa e se no final soar como novela mexicana, a culpa não será minha, coloquem na fatura dos protagonistas.
Tudo começou em abril de 2009, quando os baianos da banda Djavú plagiaram metade do CD da banda Ravely. Essa história eu contei nos mínimos detalhes no Watergate do Tecnobrega, taí o link. O fato serviu de alerta para que a Bis enxergasse aí uma ótima oportunidade de capitalização e imediatamente tratou de organizar a gravação de um DVD com os artistas de tecnomelody. A Som Livre comprou o peixe e o projeto prosseguiu.

Ocorre que a Bis tem um talento enorme para organização de eventos, seu departamento comercial é super competente, mas eles não possuem um departamento artístico, o que levou a cometerem uma série de patuscadas. Economizaram onde não deveriam e gastaram horrores onde não poderiam. O resultado foi um cenário medíocre, figurinos sofríveis e um retumbante fracasso. O DVD Movimento Tecnomelody hoje em dia não serve nem como peça de museu, pois nem o espírito da época conseguiu capturar.

Mas a Bis não conseguiu enxergar isso, e passou a gastar mais e mais dinheiro na divulgação do DVD, cobrando das bandas participantes empenho irrestrito. Mas empenho para divulgar o DVD, não as bandas. O contrato não previa uma mão dupla, era tudo para o DVD e pra Bis e nada para as bandas. Daí que aos poucos os próprios artistas foram se afastando do projeto. A Bis não soube ser diplomática e foi cortando relações com um por um deles.

Em agosto do ano passado passei a assinar uma coluna semanal no jornal O Liberal. No começo foi tudo muito, tudo muito bem, mas com o passar do tempo começei a sofrer pressão. A primeira vez foi quando questionei a relevancia da lei que tombava o tecnomelody como patrimonio cultural. O deputado Bordalo era amigo da Bis, ele leu, não gostou e pediu minha cabeça. Me safei por pouco.

Logo depois publiquei uma coluna sobre a Gang do Eletro e sugeri para a Bis que investisse tudo que tivesse nos meninos, porque eles tinham tudo para estourar. Ouvi a seguinte resposta: "convidamos eles para tocarem em um evento beneficiente e eles não foram, logo, não vamos ajudar quem não se ajuda". Na época liguei pro Waldo e ele me garantiu que o convite tinha sido feito em cima da hora e como não seriam remunerados, era impossível se organizarem a tempo.

Foi nessa época também que Gaby Amarantos passou a se aproximar da Gang do Eletro e se afastar da Bis. Eu continuava no Liberal e continuava a escrever o que acgava que deveria ser escrito, mandei outra coluna sobre a Gang, desta vez anunciando o reforço de Keila e William. O pessoal da Bis não gostou muito, embora não tenham externado isso. Mas foi só eu escrever um texto sobre o disco novo da Gaby (falando bem, eu escutei a prévia e gostei muito) para que eles surtassem. Recebi uma ligação de uma interlocutota aos berros me dizendo impropérios, desligando na minha cara e me defenestrando do Liberal.

Seis meses depois, fui escalado pelo concorrente deles (nada mais natural, na sequencia dos fatos, que eu aceitasse a proposta) para cobrir o Terruá. Assim foi feito e minha matéria saiu em duas páginas no Diário do Pará. Uma delas inclusive era deidicada a banda e anunciava "A Revolução da Gang do Eletro". Foi chegar o jornal nas bancas que recebi um e-mail altamente ofensivo por parte de um(a) funcionário(a) da Bis. Dali pra frente, devido a algo que os psicólogos chamam de projeção, a Gang do Eletro passou a ser a personificação de todas as frustrações da Bis Entretenimentos.

Quando o Jota Quest anunciou o convite da Gang do Eletro para abrirem seu show em Belém, imediatamente tentaram embargar, mas como o convite tinha sido emitido pelo próprio cantor Rogério Flausino, não puderam negar a priori. Mas não desistiram. Durante o dia do show, tentantam difucultar ao máximo as coisas, negando transporte, camarim. Pra vocês terem um idéia, ao chegarem no local do show, nem o nome dos membros da Gang constava na portaria, foi necessário que o produtor do cantor Otto fizesse várias ligações para eles poderem entrar.

O plano de boicote da Bis foi sórdido. Ao invés de fazer o show de abertura, escalaram a Gang para encerrar o show do Jota Quest, algo no mínimo inusitado, uma banda pequena encerrar o show de uma banda grande. Na sequencia não deixaram a Gang fazer a passagem de som e ao acabar a apresentação do Jota Quest e mesmo com Rogério Flausino anunciando a próxima atração, as luzes foram apagadas, o som desligado e a festa encerrada.

Algumas pessoas que tinham ido lá só pra assistir a Gang do Eletro ainda perrguntavam pelo show, mas nada pode ser feito. Se a Bis Entretenimentos virá a público dar a sua versão dos fatos, não sei, mas o que sei é que o que contei aqui nesse texto é apenas a ponta de um iceberg de incompetência, egos inflados, mentalidades provincianas e prepotência por parte de funcionário da Bis, que afundou o Movimento Tecnomelody e por pura pirraça, quer fazer o mesmo com a banda mais empolgante que surgiu em Belém nos ultimos anos, a Gang do Eletro.

Fonte: musicaoriginalbrasileira.blogspot.com

AMAZÔNIA DEVASTADA


Comprovadamente o Brasil não tem condições de preservar a floresta amazônica. Os órgãos que deveriam proteger e regulamentar a utilização da floresta, são historicamente contaminados pela corrupção. Recentemente a polícia federal desmembrou, através da operação “curupira” uma quadrilha que vinha atuando há 14 anos no Ibama. Foram 130 mandatos de prisão e 1 bilhão de reais em fraudes nas ATPFs (autorização para transporte de produto florestal).
O que nos resta, diante da lama que invade os gabinetes dos órgãos ambientais e com o aumento da devastação da floresta é pensar na internacionalização da Amazônia.

Há comerciais institucionais transmitidos pela televisão do primeiro mundo, inclusive a CNN, onde a repórter Marina Mirabella mostra as maravilhas da fauna e da flora amazônicas para, em seguida, apresentar cenas de devastação, sujeira e imundície, e concluir: "São os brasileiros que estão fazendo isso! Até quando? A Amazônia pertence à humanidade e o Brasil não tem competência para preservá-la!"

Resta os brasileiros engolirem seu orgulho de lado, e admitir que nunca nada foi feito para preservar a floresta. Vimos o ex presidente Lula, deixar uma ministra defensora da Amazônia ser violentada por lobbies corporativistas até não agüentar mais e pedir pra sair. E ficou por isso mesmo. Mais um motivo para crer que não existe no Brasil políticos sérios e políticas de preservação ambiental eficientes.

Veja abaixo, matéria de Luana Lourenço da Agência Brasil

Depois de um recuo em maio, o desmatamento da Amazônia voltou a subir em junho, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em um mês, a floresta perdeu 312,6 quilômetros quadrados (km²), desmate 17% maior que o registrado em maio. Em relação a junho de 2010, quando o desmatamento foi de 243,7 km², houve aumento de 28% no ritmo da derrubada.

O Pará liderou o desmate na região em junho, com 119,6 km² de novas áreas derrubadas, seguido por Mato Grosso, com 81,5 km², e por Rondônia, com 64 km². No Amazonas, as derrubadas atingiram 41,6 km² de florestas, no Maranhão, cerca de 5 km² e no Tocantins, 0,5 km². A cobertura de nuvens impediu a visualização de 21% da Amazônia Legal, segundo o Inpe.

Os números são calculados pelo Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), que monitora áreas maiores do que 25 hectares e serve para orientar a fiscalização ambiental. Além do corte raso (desmatamento total), o sistema também registra a degradação progressiva da floresta.

Faltando um mês para o fechamento do calendário oficial do desmatamento (que vai de agosto de um ano a julho do outro), os dados do Deter mostram tendência de aumento da taxa anual de desmate. Entre agosto de 2010 e junho de 2011, a derrubada acumulada foi de 2.429,5 km², frente a 1.810,8 km² registrados no período anterior (agosto de 2009 a junho de 2010), com aumento de 34%.

Apesar da tendência, a taxa anual é calculada por outro sistema do Inpe, o Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes), e só deve ser divulgada em novembro.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

HOMENAGEM AOS NOSSOS POLÍTICOS


Este vídeo é uma homenagem a todos os políticos que mentem, enganam, usam de má fé com o povo e com aqueles que o ajudam a chegar ao poder.
Eles esquecem que eleição tem a cada 4 anos.