segunda-feira, 30 de maio de 2011

FAMILIAS EM GUERRA


A guerra entre os dois principais grupos de comunicação do estado do Pará está declarada. Jader Barbalho e Romulo Maiorana Jr, passaram a enfrentar-se com mútuos ataques em seus provincianos jornais. O motivo da briga não é simplesmente uma corrida editorial, e sim interesses políticos e financeiros de dois grupos que controlam o Estado.
Duas famílias em permanente guerra lembrando a máfia italiana. Enquanto isso os poderes executivo, legislativo e judiciário continuam batendo continência aos capos.
Veja a que ponto chegou a briga:


Um safado e sua safadeza

Autor: Romulo Maiorana JR.


Ontem, mais uma vez, fui vítima de uma imprensa vagabunda, cujo dono é por todos conhecido: um ‘ficha-suja’, canalha, sem-vergonha, safado, chantagista, corrupto e ladrão teve a audácia de colocar meu nome em estórias que desrespeitam o próprio Judiciário Federal, inventando que culpei meu irmão Ronaldo por atos praticados numa indústria de sucos, até porque ele não fez nada de errado. A indústria detém a liderança do mercado, gera 250 empregos diretos e 150 indiretos, paga seus impostos em dia e tem a União devendo 70% do projeto.

Invoco o testemunho do nobre juiz federal Antonio Carlos Campelo para provar que em nenhum momento fiz qualquer tipo de acusação contra meu irmão Ronaldo, a quem defendo com a própria vida, como toda a minha família. Tive o cuidado de alertar o nobre juiz de que a presença na sala de uma repórter da Rede de Corrupção da Amazônia – RCA – iria fazer com que fossem publicadas mentiras a meu respeito e sobre minha família. Não deu outra coisa.

O corrupto e seu grupo querem jogar a lama que produzem onde não existe lama. Dizem que meu pai era contrabandista. Ora, se ele foi contrabandista, foi para dar comida a sete pessoas, a sua família, e não para tirar a comida de sete milhões de paraenses, como faz esse ficha suja sem-vergonha, que vive hoje mendigando um mandato que levou fora do pleito, sem ter condições morais e legais de participar. Respeite os mortos! Respeite meu pai que, quando vivo, quase todo dia o recebia e ao seu pai pedindo dinheiro ou pedindo para trocar cheques, que tenho guardados até hoje. Sem fundos, é claro. Esse safado e seu jornal vagabundo se dizem o “jornal da família paraense”, mas não respeitam as famílias. Nós sempre respeitamos as famílias do Pará, inclusive a desse corrupto.

O enterro de meu pai Romulo Maiorana foi o maior que o Estado já viu. Nem o do general Barata foi igual ao dele. Mas o seu, ‘ficha-suja’, certamente será a ‘solidão dos crápulas’. Não terá nem a presença da meia dúzia de ‘puxa-sacos’ de sua companhia pois terão vergonha da posteridade. Tenho dez processos contra esse crápula e seu jornal na Justiça do Pará, que não conseguem andar. Um deles, no Tribunal de Justiça do Estado, já recebeu a suspeição de cinco desembargadores. Vou acabar tendo que levá-lo para o Amapá ou o Maranhão para poder conseguir justiça.

Nós de O Liberal não usamos a venda de jornal para lavar dinheiro. Não usamos também a venda de classificados para lavar dinheiro. Vivemos de vender jornal e classificados; esse é o nosso negócio. Tudo o que nós temos está no Imposto de Renda. Não é como a empresa dele, a Rede de Corrupção da Amazônia, que não tem conta-corrente em bancos, utiliza empresas de factoring de outros estados para manobrar suas operações com dinheiro vivo e paga funcionários com assessorias em cargos públicos, ou através de permutas tiradas à força ou chantageando o empresariado. Não temos emissoras ancoradas em contratos de gaveta, como ele fez com a família Pereira, em Santarém, que vai perder a retransmissora da Rede Globo na região por causa das tramoias dele.

O ex-governador Hélio Gueiros, quando no poder, me revelou que tinha documentos comprovando que a RCA fora comprada ao empresário Jair Bernardino por 13 milhões de dólares. Como é que pode, um homem que vivia na porta do meu pai pedindo dinheiro ou trocando cheques e, dois mandatos depois, compra uma emissora de televisão por US$ 13 milhões? Não há Receita Federal que aguente!

Esse safado consegue colocar na rua diariamente o que existe de pior na imprensa, sem credibilidade. Tão sem credibilidade que manteve no expediente, durante dois anos, um editor-chefe morto, que era deputado – Carlos Vinagre – e gozava de imunidade. Até hoje, tem medo como o diabo da cruz de botar num título a palavra corrupção. É a marca do dono, claro, que não admite concorrentes. Para citar dois exemplos do ‘jornalismo’ da RCA, tem-se o silêncio sobre todo o processo de fichas-sujas e mais a roubalheira na Assembleia Legislativa. Tentam segurar uma CPI que fatalmente vai revelar que o dinheiro roubado foi utilizado na campanha do canalha para o Senado.

Não tenho medo de ladrões, como ele, de seus roubos nem de seus arroubos. Ladrão nenhum, com tamanho rabo, vai conseguir me amedrontar, nem me intimidar com suas mentiras, com sua farsa impressa em cores todo dia. Se não fosse O Liberal combater a corrupção deste crápula, que há muito não tem cargos no Executivo de Belém ou do Estado, Ana Júlia, Jatene e Almir Gabriel não seriam governadores, porque estes cargos estariam todos ocupados por gente da Rede de Corrupção da Amazônia. Triste também é ver um governador do nível de Simão Jatene enchendo o seu governo com a canalhada que esse safado indica.

Temos que acabar com esse câncer que tira dos paraenses o pouco de recursos que temos. Que a cada mandato aumenta o seu patrimônio e debocha de nosso suor, de nossas famílias, de nossa honestidade, de nosso esforço para fazer do Pará rico de recursos um Estado digno de viver. Sem um nome que já virou sinônimo de ladrão.

Peço desculpas aos meus leitores pelos termos que tive que utilizar neste texto. Mas para tratar de gente desse tipo não existem outras palavras.

No dia seguinte, o editorial do jornal Diário do Pará foi dedicado exclusivamente em resposta à Rômulo Maiorana:

Alucinações do Travestido

Autor: O Diário do Pará


Há muito tempo se comenta na área médica que os períodos de menstruação e pré-menstrual, conhecidos como TPM, submetem algumas mulheres a incômodos desagradáveis, como cólicas e comportamentos de profunda irritação.

O que pode estar ocorrendo com o Maiotralha Jr. deve ser a aliança de tais sintomas, somados à compulsória visita pública à Justiça Federal como acusado de crimes contra o patrimônio público, através de fraudes praticadas em projeto financiado pela Sudam.

O que jamais se poderia imaginar é que, num ser com fortes características femininas, a TPM e o pavor de ser flagrado prestando contas à Justiça levassem a alucinações, como ser acometido da síndrome de Caim, ao acusar o irmão de ser o responsável pelas fraudes e desvios de recursos públicos.

Os delírios do Maiotralha Jr. o levaram ao absurdo de cometer parricídio moral post mortem, ao afirmar que o pai teria sido contrabandista, aliás, simplesmente contrabandista, isto é, criminoso que subtrai a arrecadação de dinheiro público pertencente à sociedade.

Vale lembrar que o jornalista Lucio Flávio Pinto levou brutal surra do outro Maiotralha – evidentemente com o apoio de vários capangas -, por haver especulado sobre a história do contrabando na origem do patrimônio do pai dos Maiotralhas. A agressão sofrida pelo jornalista passa a ser agora duplamente injusta, já que o Maiotralha Jr. é quem confirma publicamente que o pai era contrabandista.

As alucinações causadas pela possível TPM do Maiotralha Jr. acabaram por revelar hipótese jamais especulada de que seu pai “trocava cheques”, isto é, utilizava prática comum e criminosa da agiotagem, fato sobre o qual jamais se ouviu quaisquer comentários, imaginando que tal especulação seja apenas fruto de distúrbio alucinatório. Contrabandista, sim, se sabia. Agiota, é a primeira vez que a sociedade toma conhecimento.

O surto alucinatório o está levando a imaginar o prestígio popular de seu genitor de forma macabra, ao comparar o enterro do mesmo ao do general Magalhães Barata, em que teria comparecido menor número de pessoas. A comparação fúnebre como aferição de prestígio apenas sepulta de vez a ideia de que o Maiotralha Jr. esteja em sua plena sanidade mental.

O processo delirante do Metralha alcança a paranóia quando resolve dar pito no governador Simão Jatene, questionando a qualidade moral de integrantes da sua equipe, talvez por imaginar que o governador deveria ter lhe submetido a relação de nomes antecipadamente para sua aprovação, levando em conta a sua elevada autoridade e padrão de preocupação com a coisa pública.

Aliás, sobre moralidade pública, o esquisitíssimo alucinado deve imaginar que a opinião pública do Pará já esqueceu a apropriação do patrimônio dos equipamentos da Funtelpa, quando a emissora, além de ceder o uso de seus bens, ainda lhe pagava cerca de R$ 500 mil mensalmente.

E os contratos superfaturados do aluguel do jatinho da ORM ao governo do Estado, além da absurda quantia de R$ 40 milhões de reais por ano de publicidade governamental extorquidas dos cofres públicos. Todos esses fatos continuam na memória dos paraenses, do Ministério Público Estadual e da Justiça do nosso Estado, aguardando talvez prioridade.

Somente um desvairado, com efetivo desequilíbrio mental, pode imaginar ser verdadeira sua fantasia de Catão. Afinal, sabe o governador Jatene, como todos os que acompanham ou não o Círio, das traquinagens públicas e privadas do personagem.

Agora, falando sério: sugere-se aos familiares do Metralha e aos seus amigos de intimidades que o levem a um médico ginecologista para ajudar a enfrentar os incômodos da TPM. E, quem sabe, uma boa dose de reposição hormonal.

terça-feira, 24 de maio de 2011

CORAGEM PARA MUDAR


A verdade dita corajosamente pela Professora Amanda Gurgel é um retrato do falido sistema educacional do Brasil. O governo omite-se da realidade e apresenta demagogicamente numeros fantasiosos, enquanto os recursos que deveriam ser aplicados de forma responsável e eficaz na educação, é desviado por grupos políticos que fazem do Estado uma fonte de renda e de benefícios próprios. Parem de ficar pintando escola, comprando carteiras novas e computadores superfaturados e invistam no professor. Invistam na real qualidade de ensino. Parem de roubar. Parem de mentir. A sociedade não aguenta mais o abandono e as obras de véspera de eleição. O sistema está falido. Verdadeiras quadrilhas se instalam nos governos e sugam o que podem, como predadores...como parasitas. A resposta do povo está no voto, está na esperança, está na coragem de pessoas como a professora Amanda Gurgel. Nós podemos mudar, basta querermos a mudança.

PARA SEU EVENTO

domingo, 15 de maio de 2011

O PARÁ MAIS UMA VEZ NA MÍDIA NACIONAL


De Carta Capital
A musa da mamata
Por Leandro Fortes


Por 16 anos, entre 1995 e 2011, Mônica Alexandra da Costa Pinto arrancou suspiros pelos corredores da Assembleia Legislativa do Pará. Alta, morena, de longos cabelos lisos e corpo sempre em forma, tinha 28 anos quando foi contratada para cuidar da emissão dos contracheques dos servidores. Mas em fevereiro deste ano, a funcionária, hoje com 44 anos, revelou-se outro tipo de musa. Abandonada pelos antigos chefes e por um namorado parlamentar decidiu ir ao Ministério Público revelar detalhes de um dos maiores esquemas de corrupção registrados recentemente no País. Um esquema criminoso que, entre 2003 e 2010, pode ter desviado mais de 80 milhões de reais do Legislativo paraense.

De Monica Lewinsky, que mantinha uma relação com a pélvis do ex-presidente Bill Clinton, dos Estados Unidos, a Mônica Veloso, ex-amante do senador Renan Calheiros, não foram poucos os exemplos de mulheres abandonadas que foram à forra contra seus antigos protetores. Poucas possuíam, no entanto, um arquivo de informações tão formidáveis como a dessa nova Mônica, que atualmente monopoliza as atenções da Justiça, da imprensa e da polícia do Pará. Por sete anos, ela foi a principal operadora de um esquema de fraudes da folha de pagamento da Assembleia. Os desvios são estimados em 1 milhão de reais por mês e, segundo ela, beneficiavam ao menos dois ex-presidentes da casa: o ex-deputado Domingos Juvenil, do PMDB, e o atual- senador Mário Couto, do PSDB.

Couto, um dos mais importantes aliados do atual governador do Pará, Simão Jatene, foi presidente da Assembleia Legislativa entre 2003 e 2007, justamente quando se estabeleceu a quadrilha especializada em alterar contracheques, fazer compras superfaturadas, fraudar licitações e assombrar o Legislativo paraense com funcionários fantasmas e servidores “laranjas”. Foi sucedido por Juvenil, que tornou o esquema ainda mais agressivo, mas perdeu o controle da situação e cometeu o grave erro de tentar substituir Mônica Pinto por um afilhado, no início do ano passado

segunda-feira, 2 de maio de 2011

OBAMA 1 X OSAMA 0



Depois do fim da caçada a Osama Bin Laden, os EUA preparam-se para uma nova era. Agora a caçada não é mais ao líder da Al Quaeda, a prioridade é se protejer da vingança dos membros da organização de Bin Laden. O perigo está em toda parte, agora a ameaça não tem rosto, são centenas de seguidores de Bim Laden que vão querer vingar a morte de seu líder.
Obama irá aumentar sua popularidade as vesperas das eleições americanas, mas é preciso tomar cuidado para que a possibilidade de novos ataques não jogue água nos planos do presidente norte americano.

Veja o artigo de Reginaldo Nasser e Marina Mattar Nasser:
Uma das grandes perguntas que se colocam agora, após a morte de Bin Laden, diz respeito ao futuro da Al-Qaeda e da “guerra contra o terror” iniciada pelos Estados Unidos logo após os atentados do 11 de Setembro. Com a morte de seu líder, a Al -Qaeda se enfraquecerá? Isso representa a vitória dos EUA contra o terrorismo? Afinal, o que representa a morte de Bin Laden? Em que muda a situação atual no Iraque, Afeganistão e em seus países vizinhos?

A imagem da Al-Qaeda construída pela política externa norte-americana e veiculada pela mídia ocidental mostra-nos uma organização forte e homogênea com atuação global cujo principal objetivo é o de combater a civilização ocidental e reestabelecer o regime de Califados no mundo islâmico. A Al-Qaeda, entretanto, funciona mais como uma empresa de capital de risco, proporcionando dinheiro, contatos e assessoria a numerosos grupos e indivíduos militantes de todo o mundo islâmico. Ou seja, a organização tem como estratégia vincular aos grupos locais que não necessariamente compartilham seus ideais e objetivos, mas que por interesses circunstanciais, estabelecem uma aliança. Em muitos casos, a relação destes grupos com a Al-Qaeda é apenas nominal.

Talvez por esta razão que os EUA e as informações da grande imprensa não tenham percebido – ou revelado - que a Al-Qaeda está se enfraquecendo há anos. Em 2007, o atual número 1 da Al-Qaeda, al-Zawahiri, percebendo a crescente impopularidade da organização, realizou um debate aberto em um fórum de jihadistas, de perguntas e respostas, no qual foi amplamente questionado sobre a morte de civis muçulmanos em atentados realizados pela a Al-Qaeda. Diversas pesquisas mostram a crescente queda em popularidade da Al-Qaeda em diversas sociedades do mundo árabe e islâmico após terem sofrido atentados terroristas da organização. Um bom exemplo disso é a Jordânia, onde o índice de aprovação da Al-Qaeda entre a população teve uma queda brusca de 70%(quando?) para 10% no ano de 2005 quando três explosões em hotéis da capital Amman mataram e feriram centenas de pessoas, muitas delas estavam celebrando um casamento.

Em pesquisa desenvolvida pelo centro PEW sobre a confiança das populações muçulmanas de diversos países do mundo árabe e islâmico em Bin Laden prova que os diversos atentados da Al-Qaeda que mataram civis muçulmanos afetou, em grande medida, sua popularidade entre as sociedades. No Paquistão, sua popularidade caiu de 46%, em 2003, para 18% em 2010; na Palestina, de 72% para 34%; e na Jordânia, caso de maior índice de queda, de 56% para 13%.

De acordo com relatório da RAND Corporation de 2008, houve uma mudança na estratégia do braço da Al-Qaeda no Iraque, a partir de 2005, quando deixaram de atacar os oficiais dos EUA e de seus aliados e passaram a atacar a própria sociedade iraquiana, o que não foi bem recebido pela população. A onda de atentados entre 2005 e 2007 liderada pela Al-Qaeda iraquiana matou, em média, 16 civis por dia. Durante todos os anos de guerra, de 2003 aos dias atuais, os anos de 2006 e 2007 foram os que mais civis morreram, superando, até mesmo, os bombardeios dos EUA em 2003.

Basta perceber que a Al-Qaeda não está presente na chamada primavera árabe. Estes movimentos civis, por meio de protestos pacíficos, conseguiram derrubar governos que a Al-Qaeda se propõe a combater, há mais de duas décadas, apresentando uma alternativa às sociedades árabes e marginalizando, ainda mais, o grupo terrorista.

Assim, além das áreas tribais no norte do Paquistão, a Al-Qaeda está presente apenas em regiões marginais do mundo árabe e islâmico por contatos, muitas vezes, superficiais como no nordeste do Yemen, na Somália e no sul da Argélia. Por conta das diversas alianças realizadas, a Al-Qaeda não conseguiu liderar uma única estratégia e seu principal objetivo de tornar-se um movimento insurgente, caracterizado, sobretudo, pelo grande apoio da comunidade, acabou, portanto, por falhar.

Prova disso foram os desentendimentos entre Bin Laden e Al-Zarqawi, que liderou o braço da Al-Qaeda iraquiano, quanto às formas de agir no país. A CIA interceptou cartas entre eles que mostravam discordância de Bin Laden com a crescente onda de atentados no Iraque uma vez que isto impossibilitaria a aproximação da Al-Qaeda da sociedade iraquiana. a Al-Qaeda já enfrentava, portanto, um momento de crise e de possível mudança estratégica, anterior à morte de seu líder.

A “guerra contra o terror” não possui um inimigo homogêneo representado na figura de Bin Laden como quer fazer-nos acreditar os EUA. Existem diversos grupos que, por compartilharem alguns interesses comuns, estabeleceram alianças estratégicas. Como muitos já alertaram, não é possível carimbar como terror islâmico tudo aquilo que contesta a ocupação militar dos EUA naquela região. Quem será o próximo monstro a ser executado em nome da humanidade?